
Maputo, 10 Abr (AIM) – A Organização da Juventude Moçambicana (OJM), a maior e a mais antiga organização juvenil em Moçambique, foi instada esta quinta-feira (10), a ser cada vez mais robusta, actuante e aglutinadora, para responder as grandes preocupações da juventude, numa altura em que aproxima-se o jubileu dos 50 anos da independência nacional.
“Os assuntos da juventude estão no centro das suas prioridades, não somente no que respeita ao seu enquadramento, nos processos de tomada de decisão, mas sobretudo na definição e implementação de acções concretas para responder aos seus anseios”, disse o Presidente da Frelimo, Daniel Chapo, durante a IV Sessão do Conselho Nacional da Juventude, que teve lugar na Matola, capital da província de Maputo.
Chapo, que também é Presidente da República referiu que a OJM deve ser capaz de unir os jovens com vista à sua activa participação na solução das grandes preocupações da juventude, tais como a falta de emprego, habitação condigna, formação profissional, financiamento para projectos juvenis, terrenos para construção de suas habitações, entre outras grandes preocupações da juventude.
Na ocasião, destacou a importância da chama da Unidade Nacional, lançada na última segunda-feira (07), no distrito de Nangade, província de Cabo Delgado.
“É no calor da chama da Unidade Nacional que, a Frelimo orgulha-se da juventude moçambicana, enquadrada na OJM, pelo elevado sentido patriótico e do amor ao povo, que tem demonstrado em todos os momentos de edificação da nação moçambicana, muitas vezes no meio de muitos sacrifícios”, disse.
Saudou, igualmente, aos jovens da Geração de 25 de Setembro, “que cansados da exploração e dominação estrangeira, abdicaram dos seus sonhos individuais e pegaram em armas, lutaram e depois de 10 anos venceram o colonialismo e restituíram a liberdade e a dignidade do povo moçambicano”.
“A juventude da Geração 8 de Março respondeu com igual sentido patriótico ao chamamento à pátria, interrompendo igualmente seus sonhos individuais, seus projectos de vida para assegurar o funcionamento dos sectores críticos do Estado moçambicano, como a educação, saúde, defesa nacional, entre outras áreas importantes para erguer o Estado moçambicano”, acrescentou.
Entretanto, volvidos 50 anos da independência nacional, realçou o papel dos jovens, enquadrados na OJM na defesa dos interesses nacionais, numa altura em que existem forças de dentro do país e de fora do país, que sob a capa da democracia pretendem voltar a colonizar o nosso povo.
“A violência e a desordem que se seguiram às últimas eleições, melhor, de 9 de Outubro de 2024, que teve grandes consequências em perdas humanas de cidadãos, como a destruição de bens públicos e privados, é uma prova clara de que as forças inimigas continuam com a agenda de perpetuar a pobreza do povo moçambicano e o sofrimento do nosso povo, através do estrangulamento da nossa economia e a desestabilização do nosso país”, referiu.
Por último, reiterou o reconhecimento da juventude, enquadrada pela OJM, na construção da vitória clara e expressiva da Frelimo e do seu candidato que, na árdua acção mobilizadora durante a campanha eleitoral, a OJM não se limitou a mobilizar a juventude para exercer o seu direito cívico de voto.
Chapo disse ser visível o papel da juventude na agudização da vigilância e o seu envolvimento na protecção das sedes do nosso partido, do Rovuma ao Maputo e das organizações sociais contra as manifestações violentas, ilegais e criminosas.
Acima de tudo, enalteceu o papel da OJM na mobilização dos jovens e da população em geral para não se envolverem nas manifestações ilegais, violentas e criminosas, disseminando mensagens de paz, reconciliação e estabilidade, desencorajando o ódio, a vingança e a violência no seio das famílias que sempre viveram em harmonia, em paz, em estabilidade política, económica e social.
Aos membros da OJM, recomendou à preservação dos valores do partido Frelimo, posicionando-se sempre na linha da frente em defesa dos interesses do povo moçambicano, combatendo vigorosamente os males que enfermam não só a juventude, mas toda a sociedade.
“É nosso dever, enquanto jovens, repudiar os discursos do ódio, desobediências às autoridades e da desordem propalados por indivíduos antipatriotas que tentam pôr em causa a estabilidade, a harmonia, a paz, a nossa independência, a nossa soberania, os nossos heróis e o desenvolvimento sustentável do nosso país”, sustentou.
Além disso, apelou à união entre todos, e sustentou que, não existem os que são mais ou os que são menos moçambicanos. “Somos todos moçambicanos e devemos estar sempre unidos na causa de Moçambique, promovendo a unidade nacional, a paz, a coesão social, defendendo a nossa soberania, a nossa integridade territorial, a nossa independência nacional e o desenvolvimento sustentável deste nosso belo Moçambique”.
(AIM)
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