
Presidente da República, Daniel Chapo, Foto arquivo.
Maputo, 12 Jun (AIM) – O Presidente moçambicano, Daniel Chapo, reiterou hoje (12) em Maputo, a necessidade para o estabelecimento de uma paz duradoura, diálogo, combate à violência e reforço da unidade nacional com vista a atracção de mais investimentos e criação de empregos para a juventude.
Segundo Chapo, o diálogo político nacional inclusivo precisa ser alimentado com experiências de sucessos acumuladas por Moçambique e outros países.
“Como moçambicanos estamos proibido de falhar, temos que criar um ambiente de paz plena, duradoura para que Moçambique deixe de ser visto como um país de conflitos recorrentes e de vários acordos, o que não ajuda a atrair investimentos para criar mais empregos para nossa população e nossa juventude”, disse.
Chapo falava esta quinta-feira (12) em Maputo, na abertura do Simpósio alusivo aos 50 anos da independência nacional e 63 anos da fundação da Frente de Libertação de Moçambique ( Frelimo).
Chapo, que também é Presidente da Frelimo, partido no poder, citou igualmente Eduardo Mondlane, arquitecto da unidade nacional, como tendo dito “não existe nenhum antagonismo entre o facto de existirem muitos grupos étnicos e a unidade nacional” .
“Esta visão do arquitecto da nossa nacional tem tornado a Frente de Libertação de Moçambique, uma organização aglutinadora das vontades de milhões de moçambicanos do Rovuma ao Maputo, independentemente da tribo, região, raça ou outras formas de diferenciação”, disse.
Sublinhou que graças a coerência e compromisso com a visão de Eduardo Mondlane, a sua formação política tornou-se uma organização do povo moçambicano durante os 50 anos de independência nacional e 63 da fundação da Frelimo.
Os participantes abordaram vários temas, incluindo a luta de libertação nacional, acordos de Lusaka e Roma bem como mecanismos para a resolução de conflitos através do diálogo.
O evento contou com presença dos antigos Presidentes da Frelimo e da República, Joaquim Chissano, Armando Guebuza e Filipe Nyusi, que igualmente foram os moderadores dos temas em destaque.
Chapo explicou que durante séculos o povo moçambicano resistiu ao colonialismo e não teve sucesso devido a falta de visão da unidade nacional, que é a arma principal da vitória.
Por isso, a unidade nacional continua a ser standard do partido Frelimo na sua visão de edificar uma sociedade moçambicana mais justa, democrática, próspera e solidária.
Acrescentou que a realização do Simpósio é um momento da celebração não só da história da Frelimo, mas também do povo moçambicano.
“Este é o fundamento que norteou a nossa decisão de iniciar as cerimónias do jubileu dos 50 anos da nossa independência nacional, com o lançamento da chama da unidade nacional a 7 de Abril em Nangade, na província de Cabo Delgado, exactamente no mesmo local onde a 50 anos a Frelimo lançou este movimento unificador dos moçambicanos”, disse.
A semelhança de 1975, o ponto mais alto da celebração do jubileu de ouro da independência nacional será a chegada da chama da unidade nacional no dia 25 de Junho no estádio da Machava, em Maputo, onde Samora Machel proclamou a independência nacional.
Refira-se que o evento contou ainda com presença de várias Individualidades nacionais dentre antigos membros do Bureau político, membros da Comissão Política, antigos Secretários gerais da Frelimo, investigadores, académicos e estrangeiras.
Destacam-se também representantes dos partidos políticos amigos da Frelimo, nomeadamente Guiné-bissau, Movimento para Libertação de Angola (MPLA), São Tomé e Príncipe, Zâmbia, Botswana, Partidos comunistas português, da Federação Russa, entre outros.
(AIM)
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