
Presidente da CTA, Agostinho Vuma, Falando na Conferencia de Imprensa. Foto de Santos Vilanculos
Maputo, 15 Abril (AIM)- A Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA) afirma que o recente decreto do Conselho de Ministros que regula os termos dos acordos e contrato entre o Estado moçambicano e os operadores do projecto Coral Norte da bacia de Rovuma trará ganhos para economia nacional.
“Um dos maiores ganhos deste novo plano de desenvolvimento do projecto Coral Norte é o anúncio pelo governo da criação e contratação de mais postos de emprego para os moçambicanos, saudamos e enaltecemos estas conquistas, gostaria de propor que as especialidades das áreas com ofertas destas oportunidades de emprego, sejam divulgados”, disse Agostinho Vuma, presidente da CTA.
Diferentemente do Coral Sul FLNG, que iniciou as operações comerciais em Novembro de 2022, o projecto Coral Norte FLNG vai fornecer gás doméstico como matéria-prima indispensável para a industrialização do país.
“Algumas vantagens daqui resultantes e diferentemente da primeira fase, incluem a alocação inicial de 10% de gás doméstico e que pode incrementar até 25% com todos os benefícios e impactos positivos que irão resultar”, disse.
Por outro lado, o novo plano de desenvolvimento e operacionalização do projecto Coral Norte FLNG pressupoe o fornecimento decondensado a ser produzido da plataforma flutuante, para a viabilização iniciativas industriais no país.
“Reconhecemos e enaltecemos esta disposição como um importante ganho para o país, consideramos necessário e urgente que o governo aprove medidas adicionais que corporizam um modelo de gaseificação de modo que, quando o gás for libertado as iniciativas de downstream passam ser viabilizadas de imediato “, disse.
“Pela primeira vez, na história dos Projectos de Gás Natural, o Governo instrui, por Decreto de Conselho de Ministros, o envolvimento de certas empresas nacionais para sectores estratégicos do País, quais sejam, os CFM e a EMODRAGA, não deixando qualquer margem de manobra para alteração do princípio de desenvolvimento do conteúdo local.
Vuma acrescentou que o projecto Coral Norte, estimado em 7,2 mil milhões de dólares americanos poderá melhorar a confiança e imagem internacional do país, junto de investigadores internacionais e alterar o comércio de incentivos das recentes manifestações violentas e havidas no país.
Fez saber que a médio e longos prazos aas explorações incluindo dos ganhos e projectos, cobrem em cerca de 90 por cento das necessidades de Importações.
“Infelizmente, tais receitas de exportações dos grandes, mas internamente não fluem para o mercado devido ao tipo de contratos celebrados, até aqui entre o governo de Moçambique e os actores no mercado internacional “, referiu.
A CTA enaltece o executivo moçambicano, pela aprovação do decreto que cria o fundo de recuperação económica, fundo público que visa assegurar o financiamento das Micro, Pequenas e Médias Empresas (MPMEs), sector produtivo com elevado potencial para dinamizar a economia nacional, promovendo geração de emprego e aumento de rendimento.
(AIM)
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