
Francisca Domingos Tomas, Governadora da Provincia de Manica. Foto de Ferhat Momade
Macate (Moçambique) 23 Abr (AIM) – A governadora da província de Manica, centro de Moçambique, Francisca Tomás, desafia o sector de saúde e os profissionais da área a trabalharem para a melhoria gradual dos serviços prestados nas unidades sanitárias.
Francisca Tomás fez este pronunciamento nesta quarta-feira (23), no posto administrativo de Zembe, no distrito de Macate, província de Manica, durante a cerimónia de lançamento do programa denominado “o Dia Mensal de Saúde”.
O objectivo da iniciativa é criar um espaço de interação com as comunidades para conhecer os problemas do dia-a-dia e encontrar possíveis soluções.
Todos os meses, equipas das unidades sanitárias dos distritos, postos administrativos e localidades sairão para as comunidades onde estarão em interação com o povo.
Nas comunidades, as equipas levarão a cabo diversas actividades como a promoção dos serviços de saúde, actividades de prevenção, consulta e tratamento de várias doenças.
A iniciativa enquadra-se nas acções do governo nos primeiros 100 dias de governação que também permitirá colher algumas sensibilidades e contribuições da população para a melhoria dos serviços de saúde.
A acção é do governo de Moçambique que pretende auscultar as preocupações da comunidade sobre os problemas no sector de saúde, sua resolução, e promover acções de prevenção contra várias doenças nas comunidades.
“O que queremos é trabalhar com a população e saber como é que o sector de saúde deve servir o povo. Se tiver alguma queixa será neste encontro onde a população poderá dialogar com os profissionais de saúde e outros dirigentes a vários níveis. Há comportamentos desviantes como a corrupção, mau atendimento, morosidade no atendimento, entre outros. Estes e outros problemas devem ser reportados para melhorarmos os cuidados prestados à população”, afirmou a governadora.
Disse que a acção também se enquadra nas políticas sociais inclusivas.
Sublinhou que o acesso à saúde constitui direito fundamental da população, daí que deverá ser assegurado.
Entretanto, os residentes de Macate pediram a construção de duas unidades sanitárias nas comunidades de Maconha e Chissassa, preocupação registada pela governadora.
Garantiu que a construção destas infraestruturas poderá ocorrer no presente quinquênio (2025-29).
“As acções que estamos a levar a cabo resultam da vossa escolha nas últimas eleições presidenciais, legislativas e das assembleias provinciais. Nessas eleições foi eleito o presidente da República, na altura candidato do partido Frelimo, Daniel Chapo. Hoje ele é o presidente do nosso país. Não existe outro para além de Daniel Chapo. Não se enganem por aqueles que se autoproclamam Presidente da República. Moçambique tem apenas um Presidente da República que é Daniel Chapo”, alertou Francisca Tomás.
“Ele está preocupado em resolver os problemas do povo. Trazer mais infraestruturas públicas, fundo para a juventude e outras iniciativas de desenvolvimento. Não podemos nos enganar e deixar-nos levar por aqueles que são inimigos do desenvolvimento. Não podemos destruir o que é nosso, dizer não ao ódio porque este país é dos moçambicanos”, acrescentou.
Segundo a governadora, “se destruirmos o que é nosso, não havemos de ir viver noutro país. É preciso saber que um país só se constrói com paz e diálogo”.
A governante lembrou aos professores, médicos e outros funcionários públicos para pautarem pelo diálogo com o governo e não aderirem a greves ou deixar de trabalhar.
Qualquer problema, explicou a governadora, só pode ser resolvido num ambiente de paz e harmonia. “Todavia, para isso, é necessário que haja um ambiente de diálogo”.
“Qualquer país tem seus problemas. Mas não destroem as infraestruturas. Sentam e conversam para encontrar uma solução. Juntos e unidos podemos resolver os nossos problemas”, anotou.
Recentemente, o governo de Manica entregou mais de quatro mil pares de uniforme e outro equipamento hospitalar em algumas unidades sanitárias, no âmbito dos esforços do governo para melhorar as condições de trabalho no sector da saúde.
(AIM)
NM/mz