
Obras de construção de um edifício. Foto de Santos Vilanculos
Maputo, 03 Maio (AIM) – Os engenheiros moçambicanos são chamados a evidenciar um maior rigor técnico e ético na busca de soluções robustas para os desafios de desenvolvimento sustentável que o país enfrenta.
A chamada é do Presidente da República, Daniel Chapo, na sua mensagem de saudação, por ocasião do Dia Nacional do Engenheiro, que se assinala este sábado (03).
Expressou um profundo reconhecimento aos profissionais da engenharia em Moçambique e destacou o papel fundamental que desempenham no progresso do país, tendo sublinhando que, com engenho e criatividade, estes profissionais têm enfrentado desafios estruturais e promovido soluções inovadoras que beneficiam sectores estratégicos da economia e da sociedade.
“Nesta data especial endereço uma calorosa saudação e um profundo reconhecimento a todos os engenheiros moçambicanos que, nas mais diversas especialidades, colocam diariamente o saber técnico-científico ao serviço do progresso do nosso país”, disse.
Advertiu sobre os riscos das alterações climáticas, que impactam directamente no país, principalmente nas infra-estruturas, segurança alimentar, nos sistemas energéticos, na conectividade digital e gestão dos recursos naturais.
“Vivemos em tempos de mudanças aceleradas, marcados por fenómenos climáticos extremos e pela urgência de tornar os nossos sistemas económicos, sociais e ambientais mais resilientes e sustentáveis”, disse.
Por sua vez, o Bastonário da Ordem dos Engenheiro de Moçambique (OrdEM), Feliciano Dias, afirmou que o país vive uma fase de crescimento e os engenheiros nacionais estão preparados para dar o seu contributo.
“Eu não queria aqui especificar as especialidades de engenharia, mas todos nós como engenheiros temos contribuído no desenvolvimento do nosso país”, disse.
Partilhou os desafios que a classe enfrenta, incluindo fraca representação da agremiação em todo o país e nas instituições.
“Estamos em todas províncias e nas grandes empresas moçambicanas, mas o resto pode-se completar com o desenvolvimento da nossa organização, ao longo de alguns anos”, disse.
Apesar do desafio partilhado, Dias garantiu que o país possui mão-de-obra qualificada e suficiente para responder às exigências do desenvolvimento sustentável.
Na mesma ocasião, o engenheiro Filipe Nyusi, destacou o papel da classe no quotidiano, sublinhando que o seu trabalho é essencial para a renovação das condições de vida no país.
“Ficou claro que, podemos fazer todo o tipo de formações, mas é indispensável que haja uma engenharia forte no país, sendo necessário um forte investimento e, temos acompanhado os esforços do Governo no sentido de massificar a formação técnico-profissional”, sustentou.
Nyusi descreveu o papel da Ordem dos Engenheiros na valorização e supervisão da actividade profissional. “Neste momento, estamos preocupados em fazer com que as coisas aconteçam da melhor maneira, para tal é necessário um investimento qualitativo neste sector, para que estejamos em condições de participar em todos os projectos que existem”.
Vale lembrar que a Ordem dos Engenheiros de Moçambique celebra este ano o 23.º aniversário da sua criação.
(AIM)
NL/sg