
Vista de estrada com portagem. Foto de Ferhat Momade
Maputo, 27 Maio ( AIM) – O governo moçambicano decidiu suspender temporariamente o funcionamento das portagens das estradas Chókwè-Macia, Chókwè-Macarretane e Macia-Praia do Bilene, na província de Gaza
O Presidente da República, Daniel Chapo, anunciou o facto terça-feira durante um comício popular que dirigiu no distrito de Chókwè no âmbito de uma visita de trabalho de três dias a Gaza.
“A suspensão é por um motivo simples, a política utilizador-pagador vai continuar, mas para o caso das três portagens, não estão a render nada, só os custos de plano e energia mensal, pelo volume de viaturas que passam nessas portagens não compensa. É por isso que vamos suspender temporariamente”, disse.
Segundo o Presidente da República, logo após a tomada de posse, o executivo moçambicano decidiu analisar a situação política, económica e social do país, concluiu que deveriam ser tomadas algumas decisões importantes em benefício do povo moçambicano.
“Por isso, começámos a pagar aos funcionários horas extras, pouco a pouco o subsídio social básico do Instituto Nacional de Acção Social (INAS) para os idosos, agora tomamos a decisão de baixar os preços das portagens”, disse.
Explicou que um negócio que gasta mais do que ganha, não vale a pena continuar.
Aliás, disse Chapo, o volume do tráfego que passa por estas portagens não justifica aquilo que se gasta, o sentido da política de utilizador-pagador.
“Para estes casos em referência, o volume de viaturas que passa por essas estradas não justifica aquilo que se gasta só de energia e salário para funcionários não é suficiente, por isso, vamos tomar essa decisão”, disse.
O Estadista moçambicano, avançou que quando a situação se justificar e compensar a decisão poderá ser revertida. Por isso, o governo prevê continuar a trabalhar.
Relativamente aos preparativos para o 50 aniversário da independência nacional, o Presidente da República esclareceu que há muitos motivos para os moçambicanos festejarem.
“Há pessoas que aparecem a dizer que durante os últimos 50 anos não foi feito nada. Não é verdade, disse Chapo, vincando foi feita muita coisa.
Reconheceu, contudo, que ainda existe muito por fazer.
Ressaltou que quando o país ficou independente em 1975, só havia uma universidade na capital do país e hoje quase todas províncias possuem pelo menos uma instituição do ensino superior, incluindo Gaza.
“Em 1975 quando o país ficou independente, 97 por cento da população não sabia ler, nem escrever, hoje até minha mãe, a líder comunitário leu mensagem para Presidente “, referiu.
(AIM)
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