
Director Nacional de Saúde Pública, Quinhas Fernandes, falando na abertura do seminário de formação de jornalistas sobre Mpox.
Maputo, 11 Ago (AIM) – A Direcção Nacional de Saúde Públicas confirma o registo de um cumulativo de 38 casos positivos de Mpox, desde a eclosão do surto, a 10 de Julho do ano em curso até 10 de Agosto.
Dos casos positivos, 33, correspondentes a 87 por cento, foram registados na província do Niassa, norte de Moçambique. 32 casos no distrito do Lago e um no distrito de Marrupa.
“(…) foram confirmados, laboratorialmente, 38 casos cumulativos da Mpox”, disse o Director Nacional de Saúde Pública, Quinhas Fernandes, que falava hoje, na cidade de Maputo, durante a abertura do seminário de capacitação de jornalistas sobre a Mpox.
No distrito de Lago, cerca de 44 por cento dos casos, correspondentes a 14 indivíduos, são cidadãos estrangeiros.
O MISAU acredita que esses dados estão relacionados com o movimento transfronteiriço intenso que ocorre naquelas regiões influenciado, em parte, pelas actividades de mineração ilegal, e pelas actividades das mulheres trabalhadoras de sexo, que desempenham um papel importante na dinâmica de transmissão da doença naquela área.
Dos restantes casos, dois foram detectados na província de Manica (centro), concretamente na cidade de Chimoio e distrito de Machaze; os outros três foram diagnosticados na província de Maputo, cidade da Matola e estão distribuídos pelos bairros de Khongolote, Tchumene e Boquisso.
Referiu que “61 por cento dos pacientes, que corresponde a 23 pessoas, são do sexo masculino, e 31 – que representa cerca de 81 por cento – estão na faixa etária entre os 15 e 45 anos de idade”, disse.
Do total de 38 casos positivos, 20 estão actualmente recuperados da doença e já tiveram alta domiciliar. Até então, ainda não há nenhum óbito registado na sequência do vírus.
Na última quarta-feira (06), altura em que o país tinha um cumulativo de 185 casos suspeitos da doença, o Director Nacional de Saúde Pública disse que apesar de as unidades sanitárias possuírem capacidade para isolamento de pacientes, os pacientes com Mpox não serão internados.
As Autoridades Sanitárias explicam que a Mpox
é uma doença zoonótica (transmitida de animais para o homem) de origem viral e é, em geral, autolimitada. Portanto, vai começar e vai terminar.
(AIM)
Sc