A woman covers her face at a camp for displaced survivors of cyclone Idai in Beira, Mozambique, Tuesday, April, 2, 2019. Mozambican and international health workers raced Monday to contain a cholera outbreak in the cyclone-hit city of Beira and surrounding areas, where the number of cases has jumped to more than 1,000. (AP Photo/Tsvangirayi Mukwazhi) Mozambique Cyclone
Maputo, 29 de Agos (AIM) – O Governo de Moçambique, por via do Instituto Nacional de Gestão e Redução do Risco de Desastres (INGD), renovou o compromisso de reforçar a resposta nacional aos eventos climáticos extremos, sublinhando a necessidade de maior resiliência e de uma actuação articulada entre diferentes sectores e parceiros.
O anúncio foi feito esta sexta-feira, pela presidente do (INGD), Luísa Meque, no encerramento da IV Sessão do Conselho Consultivo do organismo, que decorreu durante dois dias, na cidade da Matola, província de Maputo.
“Estamos confiantes que saímos desta reunião com bases sólidas para a operacionalização dos objectivos do Governo na componente de gestão e redução do risco de desastres, como um assunto transversal. Afirmamos de viva voz que tratou-se de uma sessão de compromissos que assumimos e que nos comprometemos a levar a cabo a curto, médio e longo prazo”, declarou Meque.
Um dos consensos alcançados é a necessidade de reforçar a articulação interna e externa do INGD, garantindo maior eficiência na troca de informação e no trabalho conjunto com parceiros nacionais e internacionais. Segundo Meque, é essencial “continuar a socializar a Lei de Gestão e Redução do Risco de Desastres, para que todos os actores envolvidos tenham clareza do seu papel e das competências quando activado um alerta”.
O Conselho destacou igualmente o fortalecimento dos Comités Locais de Gestão de Risco como prioridade, exigindo maior robustez operacional e polivalência. “Onde se julgar necessário, devemos envolver sectores como saúde, bombeiros, cruz vermelha e serviços cívicos”, acrescentou a dirigente.
A presidente do INGD sublinhou também o compromisso com a transparência na gestão dos fundos públicos. O Departamento de Administração e Finanças será reforçado com programas regulares de reciclagem para garantir maior rigor no controlo financeiro.
Entre as conclusões, sobressaiu a necessidade de explorar formas inovadoras de capitalização do Fundo de Gestão de Calamidades e de retomar a capacitação de quadros estatais em matérias ligadas à redução do risco de desastres.
Meque destacou ainda a importância de transformar a abordagem da instituição, migrando do modelo reactivo para um sistema mais proactivo.
O Governo irá ainda intensificar o uso de seguros paramétricos e mecanismos de acções antecipadas, de forma a minimizar os impactos das cheias, secas e ciclones. As lições da época chuvosa passada deverão servir de base para a melhoria contínua da resposta humanitária.
“O nosso foco agora deve ser a elaboração da Estratégia Nacional para a Redução do Risco de Desastres e a preparação para a próxima época chuvosa”, concluiu a presidente do INGD, assegurando que o Instituto Nacional de Meteorologia fornecerá informações atempadas para a elaboração do novo Plano de Contingência.
(AIM)
Paulino Checo/
