
Presidente da Assembleia da República de Moçambique (AR), Margarida Talapa, deposita uma coroa de flores na Praça dos Heróis em Maputo
Maputo, 04 Out (AIM) – A Presidente da Assembleia da República de Moçambique (AR), Margarida Talapa, considera que o futuro de Moçambique será construído por todos os cidadãos, mas também pela capacidade de perdoar, dialogar e caminhar unidos na irmandade.
Discursando sábado, minutos depois de depositar uma coroa de flores na Praça dos Heróis Moçambicanos, em Maputo, Talapa exortou a todos os moçambicanos para que se mantenham firmes e unidos, em torno dos ideais da paz e reconciliação nacional.
“A melhor forma de honrarmos a paz é trabalharmos todos juntos pela sua consolidação”, disse, realçando que a paz não é apenas a ausência de guerra, mas sim presença de justiça, oportunidades, solidariedade e de desenvolvimento inclusivo.
Talapa mencionou os ataques terroristas que ainda prevalecem em algumas zonas da província setentrional de Cabo Delgado, anotando que provocam luto e sofrimento, criam deslocados, bem como destroem infra-estruturas “e não representam aquilo que nós somos como moçambicanos”.
A presidente da AR reconhece a destreza e patriotismo das Forças de Defesa e Segurança (CDS) empenhadas na defesa da soberania, integridade territorial e protecção das populações e das infra-estruturas.
Por isso, apela aos terroristas e aos que tencionam ingressar nas suas fileiras a abandonarem o caminho violento e se juntarem aos demais moçambicanos, para se engajarem no desenvolvimento de Moçambique.
“Os ataques que provocam luto e sofrimento, forçam as populações a abandonarem suas zonas de residência, destroem infra-estruturas e não representam aquilo que nós somos como moçambicanos”, afirmou.
Apesar dos ataques terroristas, Talapa assegurou que a estabilidade no país resulta de um empenho e envolvimento dos próprios moçambicanos na incessante busca de soluções inclusivas, sustentáveis para os desafios internos.
Apontou o Diálogo Nacional Inclusivo, em curso no país, como um compromisso político sufragado pela AR, em representação de todos os moçambicanos e uma prova inequívoca da vontade genuína de todos os moçambicanos, de viver numa sociedade pacífica, inclusiva e reconciliada.
O Diálogo Político Inclusivo, explica Talapa, reforça os alicerces da convivência pacífica, fortalece os laços dos cidadãos e prova, mais uma vez, que os moçambicanos são um povo que ama a paz e justiça.
Por isso, a presidente da Magna Casa reiterou o convite dirigido a todos os segmentos da sociedade moçambicana, jovens, mulheres, políticos, empresários, académicos, autoridades religiosas e comunitárias, camponeses, operários, funcionários públicos, artistas e desportistas, a se apropriarem do Diálogo Político Inclusivo e participarem em todas as fases deste amplo movimento do diálogo nacional.
“Queremos que cada moçambicano partilhe suas ideias sobre Moçambique que queremos, contribuindo activamente na edificação de uma sociedade de justiça e inclusão em que ninguém é deixado para trás”, vincou.
Talapa fez saber que a preservação e consolidação da paz constituem responsabilidade de cada cidadão, uma vez que ela não é um dado adquirido, pois precisa de ser permanentemente alimentada com diálogo, tolerância, inclusão e amor ao próximo.
(AIM)
Ac/sg