
Participantes da 1ª Conferência Provincial de Educação sobre o Consumo de Álcool e Drogas por Alunos
Maputo, 15 Out (AIM) – O secretário de Estado na província de Maputo, Henriques Bongece, manifesta a sua preocupacao com a resistência que se verifica para a retirada das barracas que comercializam bebidas alcoólicas nas proximidades das escolas públicas e privadas.
Bongece afirmou que as autoridades estão a trabalhar com líderes comunitários e organizações da sociedade civil para sensibilizar os cidadãos no cumprimento das medidas proibitivas de venda e consumo de bebidas alcoólicas perto das escolas.
Bongece falava num breve contacto com a imprensa, minutos após ter dirigido a cerimónia de abertura da 1ª Conferência Provincial de Educação sobre o Consumo de Álcool e Drogas por Alunos, que teve lugar quarta-feira (15) no distrito de Boane, província de Maputo.
“O governo já traçou normas em que ao lado da escola, perto da escola não se pode vender bebidas (alcoólicas) mas há resistência”, disse, tendo sublinhado que “esta iniciativa (1ª conferência provincial) vai despertar em nós que ao vendermos álcool perto das escolas, estamos a matar as nossas crianças, estamos a matar o futuro do amanhã”.
Sob o lema “Como Comunicar para a Erradicação do Consumo de Drogas e Bebidas Alcoólicas por Alunos”, o evento decorreu nas instalações do Externato Ideias Válidas, uma instituição de ensino primário privado, em Boane.
Bongece revelou que pelo menos 30 por cento dos alunos das escolas secundárias consomem álcool ou drogas na província de Maputo.
Nos últimos nove meses, as autoridades provinciais apreenderam cerca de 244 quilos de soruma e a maior parte foi localizada no distrito de Matutuíne. No mesmo período, pelo menos 268 pacientes, que estavam sob efeito de substâncias nocivas, foram atendidos nas unidades sanitárias da província.
“É difícil dizer se houve até decréscimo, mas não queria aqui enganar a sociedade porque precisávamos de acordar todos e arregaçar as mangas para combatermos este mal”, disse. “Parece que o objectivo desse grupo que vai puxando alguns alunos é massificar a classe deles; eles não descansam”, acrescentou.
Enquanto isso, decorre uma acção para desmantelar bocas de fumo nos bairros está em curso e, Bongece acredita que até o final do ano em curso, a província de Maputo terá uma radiografia um pouco mais assertiva sobre a situação de todos os distritos da província.
“Temos o distrito da Matola, também se olharmos para os efectivos da nossa província, Matola é que carrega o maior número de efectivos; temos o distrito da Matola, Boane e Marracuene, esses são os distritos que mais preocupam”, vincou.
A evolução mostra que os alunos deixam de consumir álcool e inovam com canetas e cigarros electrónicos. “Eles consomem tudo o que perturba a mente deles, perturba acima de tudo o processo de ensino e aprendizagem nas nossas escolas”, sublinhou.
Organizada pela ST Projectos e Comunicação, instituição privada, participaram no evento o reitor da Universidade Pedagógica de Maputo, Jorge Ferrão; administrador de Boane, Lázaro Bambamba, edis de Marracuene e Manhiça Shafee Sidat e Luís Munguambe, respectivamente entre outros.
(AIM)
Ac/sg