Marina Pachinuapa na Cerimônia de Homenagem pela outorga do título Doutor Honores Causa. Foto de Carlos Júnior
Maputo, 23 Out (AIM) – A veterana da Luta de Libertação Nacional e fundadora do Destacamento Feminino da Frente de Libertação de Moçambique, Marina Pachinuapa, foi distinguida com o título de Doutor Honoris Causa em Ciências Humanas pela Universidade Púnguè (UniPúnguè).
O evento, organizado pela Organização da Mulher Moçambicana (OMM), destacou a trajectória exemplar de Mamã Marina, reconhecida pelo seu compromisso com a liberdade, a educação e o desenvolvimento do país.
Participante ativa do Destacamento Feminino, Mamã Marina destacou-se por incentivar a participação das mulheres na luta de libertação, sendo a primeira mulher nomeada para o Conselho Nacional de Defesa e Segurança e a primeira comissária política e comandante da segunda secção do primeiro pelotão feminino.
Durante a cerimónia, várias intervenientes recordaram os desafios enfrentados pelas mulheres combatentes que, apesar dos obstáculos impostos pelos comandantes masculinos, exerceram o seu papel crucial na mobilização popular e no fortalecimento da participação feminina.
Ao longo dos anos, Mamã Marina tem participado em palestras, eventos acadêmicos e acções de formação de jovens, transmitindo valores de patriotismo, unidade nacional e preservação da história do país.
A primeira-dama e presidente da OMM, Gueta Chapo, que participou no evento disse a sua dedicação às causas humanas e ao desenvolvimento moçambicano lhe valeu o merecido título de Honoris Causa pela Universidade Púnguè.
“Mamã Marina é o exemplo de coragem, entrega e amor à pátria. O seu percurso inspira, sobretudo, a nós jovens a continuar a beber da sua sabedoria e a seguir o seu exemplo de serviço e compromisso com o nosso país. Celebramos não apenas a distinção, mas o legado de uma mulher que dedicou a vida ao bem comum e continua a inspirar gerações. Parabéns mamã Marina, símbolo de força, entrega e amor moçambicano”, disse a Primeira-dama.
A Presidente da Assembleia da República, Margarida Talapa, também prestou homenagem Pachinuapa, reafirmando o legado da veterana “queridas mães, nós pedimos esta oportunidade porque a camarada Marina que hoje estamos a homenagear passou pela nossa Casa do Povo”.
Ela foi deputada da Assembleia da República e deu exemplo, e sua contribuição para o fortalecimento da democracia em Moçambique, ajudando a elevar o nível de participação da mulher no Parlamento.
Hoje, a mulher no Parlamento representa 39% de todos os 250 deputados. Esta foi a luta desenvolvida pela mamã Marina. Independentemente de hoje não estar na Casa do Povo, sentimos todos os dias a sua presença, lembramos dos seus passos e viemos aqui reafirmar o nosso compromisso com os seus exemplos.”
Emocionada, Mamã Marina Pachinuapa agradeceu a homenagem e afirmou que o título representa “um reconhecimento não apenas pessoal, mas colectivo, de todas as mulheres combatentes que lutaram pela pátria”.
“Hoje, o nosso maior dever é preservar a paz e continuar a educar os jovens no respeito pelos valores da independência e da unidade nacional”, referiu.
Mamã Marina Pachinuapa permanece como referência de coragem, amor à pátria e serviço ao bem comum, consolidando-se como símbolo da força feminina na construção de Moçambique.
(AIM)
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