Chefe de Estado moçambicano, Daniel Chapo (direita) com o Presidente do Banco Mundial, Ajay Banga
Maputo, 29 Out (AIM) – O Presidente da República, Daniel Chapo, afirma estar a trabalhar com o Fundo Monetário Internacional (FMI) para a retorna da assistência financeira desta instituição multilateral de crédito para apoio directo ao Orçamento do Estado (OE) moçambicano.
Num breve contacto mantido com a imprensa terça-feira (28), em Washington, Chapo explicou que a retoma do FMI no apoio directo ao OE vai fazer com que os projectos financiados pelo Banco Mundial (BM) tenham uma planilha mais facilitada para Moçambique.
“Acabamos falando também do apoio, portanto, a Moçambique, nos processos de desenvolvimento, como o regresso para o financiamento ao Orçamento do Estado, novo programa que vamos desenvolver com o FMI. Neste momento, estamos a trabalhar dia e noite para que seja aprovado o novo programa com o FMI”, disse Chapo, minutos após um encontro de trabalho mantido com o presidente do Banco Mundial, Ajay Banga.
“A ser aprovado, o novo programa com o FMI vai servir de base para o Banco Mundial continuar a apoiar o Estado moçambicano”, acrescentou Chapo, que iniciou sábado (26) uma visita de trabalho àquele país norte-americano.
Durante o encontro, segundo Chapo, Banga deixou recomendações, sobretudo as reformas relacionadas com o OE, despesas, e o alargamento da base tributária, aspectos bastante importantes para o Estado mocambicano arrecadar mais receitas.
Chapo também abordou a digitalização dos serviços estatais, algo extremamente importante para garantir a transparência, boa governação, combate à corrupção.
“Mas também falamos das áreas prioritárias de desenvolvimento que nós temos”, disse Chapo, apontando como exemplos os sectores do turismo, infra-estruturas, energia, industrialização, bem como os corredores de desenvolvimento, transferência de tecnologias, sobretudo para jovens, agro-processamento no campo, este último, o Presidente acredita que pode reduzir o êxodo da juventude para as cidades.
É necessário manter e incutir a juventude que é no campo onde brota o desenvolvimento, através dos distritos.
“Foram contribuições muito importantes do Senhor presidente do Banco Mundial, e queria aproveitar esta ocasião para, em nome do povo moçambicano, agradecer essas contribuições bastante importantes para, juntos como parceiros do Banco Mundial, FMI, continuarmos a desenvolver Moçambique e melhorar a situação económica e financeira do país”, sublinhou.
Por seu turno, Banga disse estar a juntar um novo modelo de parceria com Moçambique, que visa enfatizar a criação de uma qualidade de vida e empregos para as pessoas, sobretudo nos investimentos agrícolas, infra-estruturas, incluindo nos três corredores de desenvolvimento de Moçambique.
Banga acredita que os corredores de desenvolvimento, nas regiões sul, centro e norte vão escoar minerais, produtos agrícolas, agro-processamento, que inclui a utilização das potencialidades dos sistemas energéticos que Moçambique dispõe.
“Vocês têm sol, vocês tem água, vocês têm gás natural, e estou muito feliz por ver que vocês estao fazendo progresso em cada um destes”, afirmou.
Reconheceu a existência de desafios macros, sobretudo relacionados à balança fiscal, disse esperar ver melhorias num futuro breve.
“isso é importante, e estamos trabalhando nisso também”, frisou, tendo acrescentado que “no geral, este é um bom seguimento”.
A visita de trabalho de seis dias de Chapo aos EUA surge no âmbito do reforço das relações de amizade, solidariedade e cooperação entre os dois países.
Durante a estadia, Chapo irá reunir-se com o Vice-Presidente norte-americano, James David (JD) manter um diálogo entre os dois países e povos, bem como estabelecer contactos para o reforço das relações bilaterais.
(AIM)
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