Garimpo para extracção de ouro
Maputo, 09 Nov (AIM) – Estado registou, este ano, perdas superiores a 200 milhões de meticais (cerca de 3,1 milhões de dólares), resultantes da mineração ilegal na província central da Zambézia, um fenómeno que continua a ameaçar a economia local e nacional.
A informação foi avançada pelo director do Serviço Provincial de Infra-estruturas, João Sembane, em entrevista à Rádio Moçambique (RM), emissora nacional.
Segundo Sembane, grupos de garimpeiros invadem áreas concessionadas a empresas devidamente licenciadas, vandalizam equipamentos e extraem recursos minerais que são posteriormente comercializados no mercado negro.
A prática, além de prejudicar as mineradoras, mina consideravelmente as receitas do Estado.
Actualmente, 16 empresas operam legalmente na exploração de recursos minerais na província. O responsável alerta que a mineração ilegal impede o correcto funcionamento destas instituições, enfraquece o ambiente de negócios e inviabiliza a geração de postos de trabalho formais.
Sembane destaca que, quando o processo de exploração é realizado de forma legal, as empresas garantem emprego, pagam impostos e contribuem para o desenvolvimento local.
Aliás, parte das receitas provenientes da actividade mineira reverte directamente para as comunidades, ou seja 2,75 por cento são canalizados às zonas onde ocorre a exploração e 7,25 por cento destinam-se ao investimento em infra-estruturas e projectos de interesse comunitário.
Entretanto, o responsável alerta que a mineração ilegal também expõe os garimpeiros a riscos de vida devido à falta de condições de segurança adequadas. .
Neste contexto, a fonte apela às comunidades para que abandonem a mineração ilegal, privilegiando a colaboração com as instituições governamentais e as empresas devidamente licenciadas, de forma a assegurar benefícios económicos e sociais sustentáveis para aquela província.
(AIM)
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