Produção agrícola
Mafambisse (Moçambique), 13 Nov (AIM) – O Presidente da República, Daniel Chapo, considera a agricultura coluna vertebral da economia e chave para a independência económica.
Por isso, diz Chapo, “é nela que reside a chave para a independência económica, a nova etapa da nossa caminhada colectiva nesta nova era, o nosso objectivo é claro transformar a agricultura de subsistência em agricultura capaz de alimentar Moçambique”, disse.
Explicou que a agricultura gera emprego em toda cadeia de valor, renda dos produtores e contribui para a estabilidade macroeconómica através da substituição de Importações e de geração de divisas para o país, exportações e menos importações”, disse.
Por outro lado, contribui para alterar a balança de pagamentos, obtendo mais exportações e menos importações de alimentos.
“Para alcançar esta transformação apostamos na massificação da produção nacional de alimentos priorizando os produtos da cesta básica através de três pilares, nomeadamente, um sector privado forte e inovador, uma juventude engajada capacitada e mulher rural emprendedora.
“No sector privado inovador, pretende-se melhorar a eficiência das cadeias produtivas, o uso de tecnologias, o fortalecimento de insumos de qualidade, a geração de mais empregos principalmente para a juventude, mulher e expansão de mercados para os nossos produtores”, disse.
Relativamente a juventude, o executivo moçambicano apela esta camada a não ver agricultura como um destino de pobreza, mas uma oportunidade para prosperar e deter alta renda para o seu sustento.
“Com formação tecnológica e acesso ao financiamento, o campo é hoje um espaço de inovação, negócio e criação de riqueza para os nossos jovens”, disse.
Explicou que a mulher rural emponderada que cultiva, educa e sustenta a família, que é guardiã da semente e espinha dorsal da produção nacional.
“Devemos continuar a apoiá-la, valorizando o seu papel como produtora, empresária e líder comunitária”, disse.
O governo refere ainda que o novo ciclo da soberania é produzir, transformar, assegurar auto-suficiência interna e exportar.
Como forma de garantir a soberania alimentar e nutricional é necessário produzir, consumir e exportar o que sobra.
Sobre a agro-industrialização, explicou que se pretende transformar o campo em fonte de emprego e riqueza para que a juventude saia dos centros urbanos para o campo.
“Vão descobrir que o campo serve para produzir dinheiro e a cidade serve para gastar “, referiu.
Quanto a digitalização agrícola e uso sustentável dos recursos, o Chefe do Estado, referiu que o governo está levando a tecnologia, informação e ciência a machamba.
“Estamos igualmente a implementar reformas estruturantes que visam dar agricultura uma nova dinâmica e maior sustentabilidade “, disse.
A título de exemplo citou a revisão da Lei de Terras que vai garantir acesso justo e produtivo a terra, com prioridade a juventude e a mulher rural.
Consta ainda das reformas, o reforço das instituições de investigação agrária e extensão rural, dando capacidade ao Instituto de Investigação Agrária de Moçambique e da direcção Nacional de Biosseguranca e sanidade para assegurar maior produtividade.
“O fortalecimento da parceria pública privada para que o sector seja motor da inovação da eficiência e da expansão dos mercados agrícolas”, disse.
O Presidente da República, fez saber que às medidas em alusão visam consolidar um sector agrário inclusivo, sustentável e competitivo que gera rendimento, cria emprego e reduz a pobreza, sobretudo um sector que cria riqueza ao nível do sector familiar “, disse.
Dentre várias prioridades estratégicas alinhadas a Estratégia Nacional de Desenvolvimento e com o Plano Estratégico de Desenvolvimento do sector Agrário ( PEDSA 2030), consta a intensificação da produção e produtividade agrícola incidindo nas culturas alternativas de cesta básica, o milho, arroz, feijão e hortícolas, de forma garantir a segurança alimentar das famílias moçambicanas.
“O fortalecimento dos serviços de extensão agrária e assistência técnica para aproximar a ciência e a tecnologia dos nossos produtores e incorporar nas mensagens a transmitir aos produtores agrários às informações sobre agro-negocios”, disse.
(AIM)
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