Maputo 19 Dez (AIM) – O Governo moçambicano lançou hoje (19) a 61ª edição da Feira Internacional de Maputo (FACIM 2026) com foco numa maior qualidade organizativa, aumento do número de expositores e resultados económicos superiores aos alcançados na edição anterior, com forte protagonismo do sector privado.
Falando durante o evento o ministro da Economia, Basílio Muhate, explicou que a próxima edição da FACIM pretende reforçar o seu papel como principal plataforma económica do país, vocacionada para a promoção de investimentos, negócios, inovação e integração de Moçambique nos mercados regionais e internacionais.
“O que nós pretendemos é que a FACIM tenha mais qualidade e que os resultados sejam melhores em relação à edição anterior”, disse.
Segundo o governante, a FACIM continuará a promover encontros empresariais, networking, captação de investimento directo estrangeiro, exposição de produtos nacionais para exportação e estimular parcerias entre empresas nacionais e internacionais.
Destacou ainda a importância da integração regional no quadro da SADC e da Zona de Comércio Livre Continental Africana.
Muhate sublinhou que a edição de 2025 criou uma base sólida para a preparação da FACIM 2026, ao recordar que o evento contou com mais de 2.764 expositores, dos quais 2.334 nacionais e 430 estrangeiros, representando 29 países, além de cerca de 60 mil visitantes.
“Estes números mostram o potencial da FACIM e o caminho que devemos continuar a seguir”, afirmou.
O ministro aproveitou a oportunidade para desafio o sector privado para assumir uma maior liderança na preparação e dinamização da feira.
“A Feira Internacional de Maputo é um evento do sector privado. O sector empresarial deve assumir maior protagonismo, enquanto o governo continuará a desempenhar o seu papel de facilitador”, declarou.
Por sua vez, o Vice-Presidente da Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA), Onório Manuel, defende que a FACIM 2026 deve ser avaliada pelos resultados concretos que gerar para a economia nacional.
“Esta feira é vossa. Não venham apenas expor, venham negociar. Não venham apenas observar, venham liderar a transformação económica”, afirmou, dirigindo-se aos empresários.
Onório Manuel destacou que o impacto da FACIM deve medir-se pelo volume de negócios, investimentos mobilizados e parcerias firmadas, e não apenas pelo número de participantes ou discursos proferidos.
Para a CTA, a feira deve consolidar-se como ponto de partida para novas ideias, negócios e oportunidades, com impacto directo na vida das famílias moçambicanas.
Já o representante do presidente do Conselho Municipal de Marracuene Maglvelane Simão, sublinhou que a FACIM constitui uma oportunidade estratégica para dinamizar a economia local e promover a inclusão das micro, pequenas e médias empresas. Para o efeito, defende uma maior integração do conteúdo local na prestação de serviços associados ao evento.
A FACIM 2026 terá lugar de 31 de Agosto a 6 de Setembro de 2026, no Centro Internacional de Feiras e Exposições de Ricatla, no município de Marracuene, província de Maputo, devendo afirmar-se como uma plataforma mais estratégica, orientada para resultados e com maior envolvimento do sector privado.
(AIM)
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