Presidente da República, Daniel Chapo, passa em revista as forças especiais
Nacala (Moçambique), 23 Mai (AIM) – O Presidente da República, Daniel Chapo, desafiou hoje os sectores da defesa e segurança a estudarem novas tácticas, técnicas, procedimentos e estratégias de combate, para perceberem as metamorfoses das novas ameaças à paz, segurança e tranquilidade nacional.
“Em qualquer parte do mundo, a formação, a logística e a disciplina são os segredos para o sucesso de qualquer exército e Moçambique não pode e nem deve ser excepção”, disse Chapo esta sexta-feira (23), em Nacala, na cerimónia de encerramento do curso de operações especiais.
“;Uma das medidas para o alcance desses desideratos passa por garantir que as instituições de formação militar e paramilitar leccionem matérias actualizadas sobre ameaças à segurança do Estado, porque elas estão em permanente mutação”, frisou.
O Chefe de Estado diz ser pertinente avaliar, por exemplo, se todos os conteúdos que eram ensinados na década de 80 justificam ser leccionados hoje, sem as devidas actualizações. “É preciso investir na capacitação dos próprios instrutores e formadores, para que estes consigam fazer ajustes nos conteúdos formativos”
Desafiou os novos membros das Forças Especiais a cumprirem as missões complexas que vão ser atribuídas, sendo uma delas o terrorismo, que atormenta alguns distritos da província de Cabo Delgado e que, no último mês, atingiu parte da Reserva Especial de Niassa.
“Os nossos irmãos estão no terreno a rechaçar o terrorista naquela região, e neste momento que estamos a falar desapareceram da Reserva de Niassa, e as nossas forças continuam em perseguição”, acrescentou.
Os recém-graduados também farão parte das missões, acções de resgate e salvamento da população quando ocorrerem cheias, ciclones, inundações e outros fenómenos relacionados aos impactos das mudanças climáticas, que têm atingido o país com intensidade crescente.
Chapo que também é Comandante-Chefe das Forças de Defesa e Segurança, referiu ainda que as acções esporádicas dos auto-intitulados Naparamas, os raptos e outros crimes transnacionais tiram o sossego das famílias moçambicanas.
Afirmou que para a defesa da pátria amada, para além da formação, vai exigir destes a prontidão combativa, coragem, lealdade, dedicação, responsabilidade, competência e bravura no terreno, bem como a disciplina no seio das forças armadas, espírito de trabalho em equipa, integridade e lealdade aos superiores hierárquicos.
“Não troquem, por nada, o vosso patriotismo. A liberdade do povo moçambicano não tem preço; a independência e a soberania moçambicana não tem preços; a defesa desta pátria não se delega, só nós os moçambicanos é que temos que defender esta pátria”, disse.
Chapo também reiterou o compromisso de continuar a investir nas Forças de Defesa e Segurança, através de soluções políticas para que essas condições sejam criadas.
A Escola de Formação de Forças Especiais de Nacala forma quadros desde 1994, por instrutores moçambicanos, mas o grupo de finalistas hoje graduado foi também formado por instrutores ruandeses.
(AIM)
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