
Antigo ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Daniel Nivagara, durante as celebrações do dia Internacional da Juventude
Maputo, Ago 12 (AIM) – O antigo ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Daniel Nivagara, desafia a juventude moçambicana a resolver os problemas que o país e o mundo enfrentam, criando soluções práticas e tangíveis.
O repto foi lançado esta terça-feira (12), em Maputo, durante as celebrações do dia Internacional da Juventude, numa palestra subordinada ao tema: Papel da juventude na liderança de iniciativas inovadoras para o desenvolvimento.
Segundo Nivagara, a juventude em todo o mundo, e em Moçambique em particular, detém uma elevada capacidade para inovar.
“Soluções na agrotecnologia, por exemplo, agro-processamento, soluções inovadoras na transformação digital, soluções inovadoras nas energias renováveis, soluções inovadoras no comércio, soluções inovadoras para melhorar a comunidade das nossas populações, seja na base das TICs, na base da electrónica, na base da agricultura, seja qualquer outra área específica em que os jovens devem se preparar para gerar novas soluções, novas ideias para a transformação da nossa economia”.
Nivagara também recomenda aos jovens para se prepararem para gerar novas soluções e ideias, para a transformação da economia e entre outras áreas de desenvolvimento nacional.
É por isso que em Moçambique, por exemplo, a estratégia da ciência, tecnologia e inovação reconhece o papel-chave da juventude para a criação de soluções criativas para os desafios locais e globais.
Segundo o antigo ministro, a ciência, tecnologia e a inovação são motores fundamentais para a transformação socioeconómica e ambiental, sobretudo, num país como Moçambique.
Por isso, reitera o uso desses instrumentos pela juventude para responder os desafios eminentes no país.
“Então, se esses jovens, que temos muitos em bom número, se considerar como parte importante de gerar iniciativas inovadoras para o desenvolvimento, de certeza que estaremos a colaborar para incrementar o desenvolvimento, limitando as possibilidades ou situações de desemprego, malnutrição e outras situações de subdesenvolvimento ou desagradáveis do ponto de vista de desenvolvimento económico e social”.
Nivagara avançou ainda que os jovens são agentes da criação de soluções contextualizadas, entretanto, devem formar-se em diferentes áreas do saber para fazer face aos desafios actuais.
“Formar-se é muito importante, ter curiosidade em se capacitar e analisar o ambiente em que se encontra e, na base disso, ver que aqui nós temos uma possível oportunidade para gerar esta e aquela solução que vai fazer face a este problema que nós estamos a enfrentar neste momento”.
O antigo ministro, acrescenta ainda que os jovens devem também buscar parcerias para a implementação das suas iniciativas, reiterando que estes devem ser os protagonistas do desenvolvimento nacional.
“Então, os jovens não podem nunca assumir-se como apenas os beneficiários de uma economia, de um desenvolvimento que já existe, mas também como os protagonistas para gerar um desenvolvimento”.
O evento, organizado pela African Youth Union Commission (Comissão da União Africana da Juventude), conta com a presença de jovens líderes, representantes de organizações governamentais e não-governamentais, bem como parceiros de cooperação nacional e internacional.
A iniciativa enquadra-se na missão de promover e defender os direitos da Juventude Africana, bem como de fornecer ferramentas práticas de capacitação, networking e apoio financeiro a organizações juvenis de base, para que possam melhorar o desempenho dos seus programas e o funcionamento dos seus sistemas de gestão interna, formação e orientação.
(AIM)
SNN/sg