
10.ª Cimeira e Exposição de Gás e Energia de Moçambique, em Maputo
Maputo, 22 Set (AIM) – A directora-geral da Eni Rovuma Basin, Marica Calabrese, afirmou esta segunda-feira (22), em Maputo, que Moçambique é um parceiro estratégico privilegiado para a multinacional italiana, tanto na produção de gás natural como na transição energética, destacando iniciativas de agro-negócio, reflorestamento e cozinhas limpas que já estão a transformar vidas no país.
“Moçambique não é apenas central nos nossos projectos de gás, que são fundamentais para transformar este país, mas também ocupa um lugar chave na transição energética”, declarou Calabrese, durante a 10.ª Cimeira e Exposição de Gás e Energia de Moçambique que arrancou hoje em Maputo.
Segundo a gestora, os projectos de agro-negócios liderados pela Eni já criaram impacto imediato na geração de emprego. “Só no fim da primeira temporada dessas actividades, em poucos meses, criámos cerca de 1.500 empregos de agricultores, o mesmo número de empregos que o Coral Sul gerou em três anos. Isto mostra o quão transformadores são estes projectos para a economia e para as famílias moçambicanas”, frisou.
Outro pilar da estratégia é o sector de carbono. A empresa lançou em Limpopo o primeiro projecto de reflorestamento licenciado em Moçambique, com benefícios directos para 350 mil pessoas. “Não é apenas sobre carbono, é sobre comunidades. Estamos a impactar a vida de centenas de milhares de moçambicanos”, sublinhou.
A Eni aposta ainda na disseminação de cozinhas limpas para reduzir emissões e melhorar a saúde pública. “O nosso objectivo global é impactar 10 milhões de pessoas até 2027 e 20 milhões até 2030. Moçambique é parte estratégica desta meta, com cerca de 3,5 milhões de vidas já beneficiadas”, revelou Calabrese.
Com estas iniciativas, a companhia pretende consolidar a sua posicao como investidor de gás, bem como catalisador de desenvolvimento sustentável no país, olhando para a transição energética não apenas como uma agenda ambiental, mas uma oportunidade concreta para criar empregos, dinamizar a agricultura, melhorar a saúde e transformar a vida das comunidades.
A participação da Eni na Cimeira reforça o papel de Moçambique como um dos mais importantes pólos energéticos de África, num contexto em que se discute o futuro do gás e da transição energética global.
Os projectos da Eni em Moçambique não se limitam a planos futuros, o Coral Sul FLNG, na Bacia do Rovuma, já produziu cerca de 5 milhões de toneladas de LNG desde outubro de 2022, com mais de 70 carregamentos de LNG e 10 de condensados exportados. No primeiro semestre de 2024, foram realizados 63 carregamentos que totalizaram 4,48 milhões de toneladas exportadas.
Moçambique também viu as exportações de gás natural crescerem cerca de 28 por cento no primeiro trimestre de 2025, resultados que reforçam a posição de Moçambique como exportador credível de LNG, com impacto directo nas receitas do Estado, no emprego e no fortalecimento do conteúdo local.
Com os projectos paralelos de transição energética a esperança é que o país consolide a cadeia de valor, diversifique sua economia e assegure benefícios comunitários quer económicos quer ambientais.
(AIM) PC/sg