
Ministro da Justiça, Assuntos Constitucionais e Religiosos, Mateus da Cecília Finiasse Saíze,. Foto arquivo de Carlos Júnior
Maputo, 04 Out (AIM) – O governo de Moçambique reconhece a necessidade da união entre as confissões religiosas para a promoção da paz e tolerância e como um exemplo para a sociedade.
Falando em Maputo, durante as celebrações do Dia da Paz, que hoje, Moçambique completa 33 anos após a assinatura do Acordo Geral de Paz (AGP) em Roma, o ministro da Justiça, Assuntos Constitucionais e Religiosos, Mateus Saize, disse que a união entre as igrejas poderá reduzir preconceitos, conflitos e desvio aos princípios éticos e morais.
Unidos, as igrejas poderão passar a ser mais activas em ensinar o respeito mútuo como valor central para a boa convivência social.
“É sabido que a vossa mensagem tem um imenso poder de influência, uma força que se deve usar para semear a tolerância, a paz e a unidade divina. Pedimos a todos vos para que sejam incansáveis instrumentos de Deus, esforçando-se pelo bem e não desistindo”, disse.
Este ano, a efeméride celebra-se sob o lema “Confissões Religiosas Unidas pela Verdade, Constroem Pontes para a Dignidade dos Moçambicanos”.
Foi a 4 de Outubro de 1992 que o antigo Presidente da República, Joaquim Chissano, e o falecido líder da Renamo, Afonso Dhlakama, assinaram o AGP, que pôs fim aos 16 anos de um conflito armado em Moçambique.
Sobre o lema, Saize afirmou que enaltece os 31 anos da paz, afirmando que reforçam a convicção profunda do governo na urgência e sentido das confissões religiosas.
“O nosso governo”, vincou, “continuará a trabalhar incansavelmente para a prosperidade e felicidade de todas as famílias moçambicanas, com vista a um futuro radiante para as gerações vindouras”.
O dia de hoje, segundo o ministro, reveste-se de uma importância acrescida pois, ocorre um ano após a realização das VII eleições gerais e IV provinciais, que impulsionaram os moçambicanos para um passo gigantesco, apontando o Diálogo Nacional Inclusivo, cujo lançamento para a auscultação terá lugar segunda-feira próxima (6).
O Diálogo Nacional Inclusivo, que surge do compromisso político assumido entre partidos políticos com assento na Assembleia da República (AR) o parlamento do país, nas assembleias, provinciais e municipais, visa contribuir para uma maior estabilidade política e acelerar o desenvolvimento económico no país.
“Queremos que todos os moçambicanos participem neste diálogo de forma aberta, trazendo contribuições construtivas que ajudem a construir uma sociedade mais pacífica, coesa e solidária, factor para o desenvolvimento do nosso país”, vincou.
O diálogo nacional inclusivo, acrescentou Saize, é a porta aberta para o país elevar o ideal de “Moçambique Primeiro”, uma nobre iniciativa que surgiu nos líderes religiosos.
Aliás, Saize anunciou que na segunda-feira (6) vai se realizar a Conferência Nacional Religiosa, evento que, sublinhou, se empenha na inserção cada vez maior das confissões e organizações religiosas no ensino e “busca de bênçãos divinas, para que tenhamos como bem comum o Moçambique Primeiro no propósito de Deus”.
(AIM)
Ac/sg