Primeira-ministra, Benvinda Levi, na cerimónia de graduação da Universidade Joaquim Chissano
Maputo, 24 Out (AIM)- A Universidade Joaquim Chissano (UJC) colocou hoje (24) no mercado de trabalho 286 graduados, dos quais 135 licenciados em relações internacionais e diplomacia, 87 licenciados em administração pública, 26 licenciados em engenharia de sistemas de informática, 37 mestres e um licenciado em curso profissionalizante em administração pública.
Segundo a Primeira-ministra moçambicana, Benvinda Levi, os resultados trazidos hoje testemunhados na UJC estão alinhados com às prioridades da acção governativa do executivo em relação ao desenvolvimento do capital humano, pelo facto de ser um dos principais pilares para o desenvolvimento sócio económico do país.
“Encorajamos a UJC para além de proporcionar conhecimentos técnicos científicos aos seus estudantes, apostar também na transmissão do saber fazer, ou seja, assegurar que os graduados saiam daqui munidos de ferramentas que lhes permitam entrar e ser competitivos no mercado de trabalho”, disse.
A Primeira-ministra fez saber que o país necessita de profissionais aptos a participar nas negociações de contratos nacionais e internacionais em pé de igualdade com profissionais de outras geografias.
“Precisamos de ter quadros capacitados de identificar melhores oportunidades e propostas de aquisição de recursos materiais e finanças no mercado internacional em condições vantajosas para o país, contribuindo deste modo para o tão almejado desenvolvimento económico e social de Moçambique”, disse.
Entre vários desafios nacionais e globais, Levi fez menção da ameaça global, o terrorismo que assola alguns distritos da província de Cabo Delgado.
Apontou também a pirataria marítima, o tráfico transnacional de drogas, de seres humanos e de órgãos humanos, crimes para os quais se requer uma formação de quadros altamente qualificados em assuntos como protecção eficiente de fronteiras terrestres, aéreas, lacustres e marítimas.
O governo exigiu dos quadros na UJC, particularmente da sua Escola Superior de Governação (ESG) e na Escola Nacional de Administração Pública ( ENAP), uma atitude prestativa em relação a satisfação das necessidades do cidadão no que respeita aos serviços do sector público.
Sobre os graduados em Engenharia de Sistemas Informáticos pela Faculdade de Ciências e Tecnologia da UJC, surge num contexto global onde predominam as tecnologias de Informação e Comunicação (TICs), portanto é na era de “Revolução digital”, que inclui o advento da Inteligência artificial, ferramenta que carrega enormes desafios para a humanidade.
“Se por um lado, a inteligência artificial pode constituir um instrumento impulsionador do desenvolvimento das sociedades, por outro, pode representar uma verdadeira ameaça a ética da Midia, onde ocorrem as notícias falsas e outras fraudes informáticas nas suas formas subtis”, disse.
O governo exorta aos graduados para que no mercado de trabalho sejam profissionais humildes, honestos e proactivos para com o público.
“Espera-se de vós uma postura que se coaduna com os princípios vigentes na universidade onde foram formados, tais como democracia e respeito pelos direitos humanos, igualdade, equidade e não a discriminação, liberdade de criação cultural, artística, científica, participação no desenvolvimento económico, científico, social e cultural do país”, referiu.
(AIM)
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