Presidente moçambicano, Daniel Chapo, discursa na 2ª sessão temática da 7ª Cimeira União Africana (UA)-União Europeia (UE)
Maputo, 25 Nov (AIM) – O Chefe do Estado moçambicano, Daniel Chapo, apela aos países africanos e europeus para imprimirem maior celeridade na implementação da Visão Conjunta para 2030, por ser pertinente o cumprimento das iniciativas adoptadas pelos dois continentes.
Intervindo esta terça-feira (25) em Luanda, na 2ª sessão temática da 7ª Cimeira União Africana (UA)-União Europeia (UE), evento de dois dias que terminou hoje esta terça-feira, Chapo apontou o diálogo sobre migração, processos de Rabat, Cartum e de Niamey, como documentos que urge implementar pelo facto de promoverem uma migração e mobilidade segura, bem como o retorno, readmissão e reintegração dos imigrantes.
O instrumento também impulsiona o combate ao contrabando de imigrantes ou tráfico de seres humanos, facto que, segundo o Presidente moçambicano, requer uma forte colaboração de todos os estadistas africanos e europeus.
“Este momento histórico de celebração dos 25 anos da parceria entre as duas organizações, encoraja-nos a redobrar esforços para a operacionalização efectiva dos compromissos assumidos em matéria de desenvolvimento económico e social, complementados pelo engajamento colectivo na melhoria da paz e segurança”, disse.
Adoptada em Fevereiro de 2022, como um quadro de cooperação entre a UA e UE, a Visão Conjunta para 2030, tem por objectivo criar um futuro próspero, seguro e sustentável para ambos os continentes, centrado em quatro pilares principais, nomeadamente, prosperidade; paz e segurança; migração e mobilidade; e multilateralismo.
A presente edição decorreu sob o lema “Promover a Paz e a Prosperidade através de um Multilateralismo Efectivo”.
A parceria UA-UE procura alinhar as prioridades da UE com a Agenda 2063, de África, com enfoque investimentos sustentáveis em infra-estruturas digitais e de transporte, saúde, educação, e no combate às alterações climáticas.
Falando sobre Moçambique, Chapo enalteceu o apoio prestado pela Missão de Formação da UE (EUTM) no combate ao terrorismo na província de Cabo Delgado, norte de Moçambique, assistência que além da formação, traduz-se no reforço de capacidade das Forças de Defesa e Segurança (FDS).
“Gostaríamos de partilhar com este fórum que o nosso país continua empenhado para a melhoria da vida das populações e o combate ao terrorismo”, disse Chapo, acrescentando que “queremos aproveitar esta ocasião para, ao mesmo tempo, agradecer à União Africana, que tem trabalhado connosco para o combate a este mal”.
Segundo o Presidente, Moçambique desempenha simultaneamente, os papéis de origem, trânsito e destino dos fluxos migratórios, enquanto enfrenta deslocações internas, apontando os ataques terroristas em Cabo Delgado, mudanças climáticas, factores económicos, bem como a integração regional na Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC).
Os esforços do governo, de acordo com o estadista moçambicano, estão alicerçados no Plano Quinquenal do Governo 2025-2029, que tem como objectivo, acelerar o crescimento económico inclusivo e sustentável, com foco na diversificação da economia e redução da pobreza, facto que vai impulsionar o desenvolvimento sustentável.
Para Chapo, falar de migração e mobilidade em Moçambique é olhar para as oportunidades existentes, que incluem a cooperação técnica; emprego e investimento; programas de formação técnico-profissional, principalmente para jovens e mulheres; partilha de experiências e formação académica em vários níveis.
“Assim sendo”, continuou, “o tema objecto da nossa apreciação, prosperidade, migração e mobilidade, enquadra-se, claramente, nos esforços conjuntos para o reforço da nossa parceria, materializando acções concretas em benefício dos nossos povos”.
(AIM)
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