Maputo, 17 Dez (AIM) – O Ministério da Economia reafirma que as medidas estruturantes adoptadas pelo executivo moçambicano com vista a melhoria do ambiente de negócios são irreversíveis.
Segundo o representante do Ministério da Economia, Nicolau Silulo, o ano que está preste a findar foi caracterizado por muitos desafios e, por isso, atípico.
“Mas que de forma conjunta foi possível ultrapassar alguns destes desafios, conseguimos ao longo do ano realizar vários eventos no quadro do nosso diálogo público privado com realce para os encontros bilaterais, sectoriais entre governo e sector privado, os fóruns sobre ambiente de negócios nas províncias”, disse.
Silulo falava hoje (17) durante um briefing organizado com a imprensa organizado pela Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA), por ocasião do fim do ano.
Fez saber que foram promovidos encontros de grupos interministeriais para a remoção de barreiras ao nível do governo, reuniões de conselho de monitoria do ambiente de negócio e culminou com a realização da 20º Conferência Anual do Sector Privado (CASP).
Referiu que em menos de um ano de governação foi possível implementar medidas estruturantes e impulsionar os investimentos, a título de exemplo, a operacionalização do fundo de garantia mutuária, ajustamento do horário do funcionamento do comércio, promovendo liberdade e flexibilidade empresarial, a revisão da lei do Imposto de Valor Acrescentado (IVA), entre outras.
Enfatizou a criação do fundo de recuperação económica e o lançamento do Fundo de Desenvolvimento Local, aprovação do plano de recuperação e crescimento económico, linha de financiamento de apoio ao agro-negócio.
“Essas reformas não são promessas, mas factos reais e fazem parte de um roteiro coerente com o programa quinquenal do governo”, disse.
O Presidente da CTA, Álvaro Massingue, informou que mesmo com o contexto económico exigente, os parceiros económicos mantêm-se firmes e consistente na CTA.
“A vossa contribuição foi determinante para a realização da XX edição da Conferência Anual do Sector Privado (CASP), assumimos a direcção da CTA no mês de Maio, num dos períodos mais desafiantes para economia nacional, marcado por constrangimentos estruturais pelo impacto das manifestações do período pós eleitoral, pela contracção da actividade económica e suas dificuldades no acesso a divisas”, disse.
Sublinhou que este contexto afectou a confiança dos agentes económicos e condicionou o normal funcionamento das empresas.
“Apesar destes obstáculos o sector privado demonstrou uma capacidade de resiliência mantendo-se como pilar do crescimento inclusivo e da criação do emprego. Foi esse cenário que a CTA conseguiu alcançar metas relevantes com destaque para realização da XX edição do CASP e para o reforço das relações económicas com países como Japão, Portugal, Itália, Turquia e África do Sul “, disse.
(AIM)
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