Maputo, 04 Set (AIM) – O estado crítico dos troços Xinhacanine-Halaze e Ndonga -Dindiza, duas principais vias que dão acesso ao distrito de Guijá, na província de Gaza, região sul de Moçambique, está a condicionar o intercâmbio comercial, comprometendo o desenvolvimento sócio-económico daquela região.
A constatação foi feita pelo administrador distrital de Guijá, Jaime Mugabe, tendo avançado que os estragos na via, exacerbaram após as chuvas causadas pelo ciclone Freddy, em Março do ano em curso, que causou danos enormes em infra-estruturas públicas e privadas.
Segundo a fonte, a circulação rodoviária naquelas vias é feita com enormes dificuldades o que mina as acções de desenvolvimento, tendo em conta que as infra-estruturas jogam um papel chave neste sentido.
‘Na verdade as vias de acesso estão comunicáveis. Entretanto, estão com problemas sérios. Como sabem, o nosso distrito é aquele que é atravessado pelas águas das chuvas devido aos efeitos do ciclone Freddy. A via mais afectada foi a de Chinhacanine-Halaze e está muito crítica’, disse Mugabe, em entrevista à Rádio Moçambique, esta segunda-feira (04).
‘A outra é aquela que liga Xinhacanine/Ndonga-Ndidiza, são duas principais estradas muito vitais e que vão mais para o interior do nosso distrito’, lamentou.
Actualmente, o percurso de Ndonga a Dindiza, um troço de aproximadamente 119 quilómetros, passou de duas para cinco horas de viagem, após os estragos causados pelo ciclone Freddy.
A fonte disse entretanto haver um trabalho em curso, levado a cabo pela Administração Nacional de Estradas (ANE), que consiste na reabilitação localizada em algumas secções, de forma a minimizar a situação.
‘Neste momento há um trabalho que está a ser feito juntamente com a ANE, porque era preciso colocar algumas pontecas na via’, explicou.
De acordo com o Plano Estratégico da Província (2018-2027), o governo pretende reduzir a vulnerabilidade da economia e Infra-estrutura aos riscos climáticos e às calamidades naturais e antropogénicas.
Uma das estratégias sugeridas pelo executivo é a construção de infra-estruturas resilientes às calamidades, aplicando novos conhecimentos e tecnologias.
Para este fim, o governo sugere uma gama diversificada de intervenções, como por exemplo a aquisição de novos conhecimentos e práticas, o cultivo de culturas resistentes, bem como obras infra-estruturais, incluindo o Centro Operativo de Emergências Provincial.
A província de Gaza tem uma rede de estradas com 280 km de estradas primárias e 752 estradas secundárias e 1.101 km de estradas terciárias
(AIM)
Leonel Ngwetsa (LW)/sg