Maputo, 07 de Out (AIM) – O ministro moçambicano dos Transportes e Comunicações, Mateus Magala, diz que a reabilitação, ampliação e modernização do Porto de Nacala, no norte de Moçambique, é a expressão da visão do país de desenvolvimento integrado do Corredor de Nacala.
Esta expressão, segundo o ministro, combina a capacidade instalada, com acessos ferroviários e rodoviários, que ligam aquele porto aos centros de produção e consumo de produtos.
“A reabilitação , ampliacao e modernizacao do Porto de Nacala é a expressão da nossa visão de desenvolvimento integrado do corredor de Nacala”, disse Magala, que falava nesta tarde (07) em Nacala, província nortenha de Nampula, onde decorre a cerimónia de reinauguração do Porto de Nacala.
Magala diz que a infra-estrutura portuária foi requalificada e ampliada no âmbito das reformas económicas em curso no país, com vista a satisfazer as necessidades cada vez mais crescentes impostas pela competição global e a necessidade de desenvolvimento do país, da região e do mundo.
Aliás, o Porto de Nacala, uma infra-estrutura de águas profundas, que vão até 14 metros, permite o escoamento de produtos e dinamização da economia dos países do Interland, como Zâmbia e Malawi, colocando, assim, Moçambique como provedor estratégico de serviços ferro-portuários.
Por isso, estão presentes nesta cerimónia de reinaguração do porto, dirigida pelo Chefe de Estado moçambicano, Filipe Nyusi, os presidentes de Malawi e da Zambia, Lazarus Chakwera e Hakainde Hichilema, respectivamente.
À margem da cerimónia, os três estadistas assinaram acordos tripartidos sobre os corredores ferroviário e rodoviarios, com vista a assegurar o desenvolvimento da região Austral de África e incrementar suas relações económicas.
Com o investimento feito, a capacidade de manuseamento da carga vai sair dos anteriores 100.000 TEU’s/ano para 252.000 TEU’s, representando um aumento de capacidade em 152 por cento.
Segundo os gestores da infra-estrutura, espera-se a atracação de navios de grande porte de cerca de 60.000 DWT e redução do seu tempo de permanência no cais e, consequentemente, todo o processo de manuseamento de contentores, devido à introdução de novos e modernos equipamentos.
Destaca-se a introdução de novas gruas, três braços de carga no terminal líquido, oito unidades de empilhamento de contentores e oito garras automáticas para o manuseamento de carga a granel.
O projecto de reabilitação, ampliação e modernização decorreu em duas fases e teve como orçamento inicial 273,6 milhões de dólares norte- americanos financiados pela Agência Internacional de Cooperação do Japão.
(AIM)
SC/FF