
Maputo, 20 Dez (AIM) – Moçambique regista transformações estruturais nos cinco pilares estratégicos, nomeadamente, mobilidade, segurança rodoviária, acessibilidade, conectividade e promoção de reformas empresariais do sector do Estado afirma o ministro dos Transportes e Comunicações, Mateus Magala.
“Na prioridade estratégica sobre mobilidade, iniciamos reformas numa altura que o sector clamava por soluções estruturais para resolver de imediato e a médio prazo o problema de transporte de passageiros nos grandes centros urbanos, caracterizados pela baixa oferta, afectando o funcionamento de todas actividades económicas e sociais, que dependem destes serviços para o acesso ao emprego, educação, saúde, lazer, turismo entre outras”, disse Magala hoje (20), em Maputo, na abertura do 42º Conselho Coordenador.
Perante a situação de baixa oferta, o Ministério dos Transportes e Comunicações (MTC) sugeriu a mobilidade através de uso de transportes particulares, meios de menor capacidade, transporte de massa, contribuindo para o descongestionamento das vias, melhoria de velocidade e redução de acidentes.
“Nesta reunião, precisamos de conduzir um diálogo profundo e franco sobre os passos dados, fazendo uma radiografia do grau das acções programadas, como reforço de transporte ferroviário de passageiros, introdução de autocarros de maior capacidade, implementação do projecto de construção de Transporte de Transito Rápido (Bus Rapid Transit, BRT, sigla em inglês) e outras actividades previamente definidas para este ano”, referiu Magala.
Sobre a acessibilidade na região da SADC, Magala afirma que o governo quer maximizar a vantagem da localização da geostratégica com vista a prover a logística, facilitar o acesso dos produtos e matéria primas nacionais e regionais aos mercados mundiais através de infra-estruturas de transporte, sobretudo para os portos, linhas férreas e dos corredores de desenvolvimento.
Para o efeito, disse Magala, “realizamos reformas profundas na ampliação e na modernização das Infra-estruturas de transportes nos Corredores de Maputo, Beira e Nacala”.
Explicou que foi reforçada a simplificação de procedimentos administrativos, particularmente a redução dos tempos de desembaraço de mercadorias nas fronteiras.
Em paralelo, o MTC irá efectuar uma análise profunda sobre a necessidade de tornar os corredores de desenvolvimento, mais eficazes, atractivos para maximizar a sua utilização.
O sector também quer reforçar os ganhos para a economia nacional, melhoria das condições de vida das comunidades locais e do país no geral.
Quanto a conectividade, as atenções estão centradas na digitalização do país em reconhecimento do papel que esta desempenha na melhoria da produtividade, inclusão e acesso ao conhecimento.
“Aqui impõe-se uma análise sobre o ritmo da implementação de diversas iniciativas aprovadas para expansão do acesso a Internet, particularmente, na componente de coordenação das diversas entidades intervenientes neste processo e do acesso a digitalização rural “, referiu.
Para esta prioridade estratégica o MTC pretende assegurar a implementação efectiva da meta que o país estabeleceu prover Internet a todos moçambicanos até 2030, proporcionando igual oportunidade de desenvolvimento a todos cidadãos independentemente da sua localização geográfica e condição social.
Magala referiu que a realidade encontrada na maior parte das empresas públicas e participadas, adstritas ao MTC, incluindo as Linhas Aéreas de Moçambique (LAM), Tmcel, Correios de Moçambique, Transmaritma e outras levou o sector dos Transportes e Comunicações, a empreender reformas para que estas se transformem em verdadeiros centros de receitas,
“A componente de reformas no sector dos Transportes e Comunicações, inclui a introdução de uma nova abordagem, sobre o desenvolvimento do capital humano, para cargos de gestão, a selecção para estes postos passou a ser através de concursos públicos”, disse.
O MTC está preocupado com o aperfeiçoamento dos mecanismos, consolidando assim os ganhos conseguidos.
Por outro lado, pretende projectar o futuro melhor destas firmas e o seu posicionamento no mercado, considerando os valores nobres, a integridade e transparência.
Um outro aspecto levantado pelo MTC é a regulamentação do uso da Internet no país tendo como base, o uso deste meio para fomento de manifestações violentas no país.
(AIM)
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