Chimoio (Moçambique(17) Jan (AIM) – As autoridades sanitárias acabam de activar postos de controlo e desinfecção contra a cólera e outras doenças diarreicas ao longo da linha de fronteira com o Zimbabwe, na província de Manica, centro de Moçambique.
A província de Manica partilha a mesma fronteira com o Zimbabwe, numa extensão de cerca de 500 quilómetros, país vizinho que já regista casos da cólera desde finais do ano passado.
A vigilância sanitária consiste na desinfecção e higienização das mãos, tal como fez saber o médico chefe provincial em Manica, Flávio Roque.
Explicou esta quarta-feira (17) que a medida está sendo levada a cabo em toda a linha de fronteira e, tem como principal objectivo, conter o alastramento da doença para a província de Manica.
“O Zimbabwe tem cólera desde finais do ano passado. Não queremos que a doença se alastre para a nossa província. Por isso, reactivamos todos os postos de controle ao longo da linha de fronteira com este país vizinho”, afirmou Flávio Roque.
“Todos os passageiros que entram e saem do nosso país são higienizados porque queremos que viagem em melhores condições de segurança. Não tragam e nem levem a doença aos dois países”, acrescentou.
Segundo Flávio Roque, as atenções estão actualmente viradas para a fronteira de Machipanda, o maior posto de travessia entre Moçambique e o Zimbabwe.
“Não queremos com isso dizer que as outras fronteiras ou outros locais de travessia não sejam importantes. Ou seja, não constituem perigo, falamos de Machipanda por ser uma fronteira onde passam mais pessoas e bens. É uma fronteira mais exposta a avaliar pelo nível de circulação diária de pessoas nos dois sentidos”, sublinhou.
“Para além de Zimbabwe, a mesma actividade está sendo feita nas zonas limites com as províncias de Tete, Zambézia e Sofala onde igualmente temos o registo de casos da doença”, anunciou a fonte.
Na ocasião, Flávio Roque apelou à população para manter a higiene individual e colectiva para evitar a propagação do vibrião colérico, causador da cólera.
“Estamos cercados por províncias que têm elevados casos de cólera. Isso para nós é um perigo e como medida de prevenção imediata estamos a desinfectar as pessoas. Mas mais do que isso, precisamos seguir rigorosamente as medidas de higiene individual e colectiva”, disse Flávio Roque.
“Eliminar os charcos. Limpar as nossas quintais, fazer o uso correcto da latrina, lavagem das mãos e dos alimentos, principalmente os que são consumidos cru e a principais formas de nos prevenirmos da cólera.
Neste momento, a província de Manica, desde a eclosão da doença, em Dezembro do ano passado, notificou 47 casos cumulativos de cólera, com três mortes.
As diarreias continuam a preocupar o sector de saúde naquela província do centro de Moçambique.
(AIM)
NM/sg