Ministra dos Negócios Estrangeiros e Cooperação de Moçambique, Verónica Macamo. Foto arquivo
Moçambique aponta terrorismo e mudanças climáticas como obstáculos para o sucesso dos Não-Alinhados
Maputo, 18 Jan (AIM) – Moçambique aponta a luta contra o terrorismo e os efeitos das mudanças climáticas, como desafios a ultrapassar para a materialização dos objectivos do Movimento dos Não-Alinhados.
Além dos desafios referidos, urge redobrar esforços para a autodeterminação dos povos, a materialização da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável, entre outras questões político-económicas e sociais da actualidade.
A posição de Moçambique foi expressa hoje (18) pela ministra dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Verónica Macamo, na capital ugandesa de Kampala, durante a Reunião Ministerial do Movimento dos Países Não-Alinhados, que decorre naquele país africano.
“A este propósito gostaria de evocar o nosso percurso histórico e o processo de construção e consolidação do Estado Moçambicano, para agradecer a solidariedade que Moçambique tem recebido na luta contra o flagelo do terrorismo e os efeitos das mudanças climáticas e crises humanitárias”, disse Macamo.
Por isso, segundo a ministra, Moçambique renova o seu compromisso com a causa do Movimento dos Não-Alinhados.
“Neste sentido, gostaríamos de felicitar a reunião dos Altos Funcionários pela entrega, compromisso e flexibilidade na negociação dos documentos desta cimeira, particularmente os projectos de Declaração Política de Kampala e do Documento Final”, referiu.
Para a ministra, os projectos destes documentos não só respondem ao tema: “Aprofundar a Cooperação para uma Riqueza Global Partilhada” como também relançam as bases e o compromisso conjunto de trabalhar em prol da promoção da cooperação e solidariedade como instrumentos de busca de soluções aos desafios globais da actualidade.
Renovamos o apelo de Moçambique ao respeito pelo direito de autodeterminação dos povos e saudou o Movimento dos Não-Alinhados por continuar a defender o Direito Internacional na resolução da questão palestiniana, mediante o estabelecimento de dois Estados.
Sublinhou que o projecto do Documento Final da XIX Cimeira a ser presente aos Chefes de Estado e de Governo vai de encontro à grande parte das prioridades da visão de Moçambique no quadro do seu mandato de Membro Não-Permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas, que decorre sob o lema “Paz e Segurança Internacionais e Desenvolvimento Sustentável”.
(AIM)
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