
Antigos guerrilheiros da Renamo. Foto arquivo
Maputo, 24 Jan (AIM) – O governo do Canadá anunciou hoje (24) a disponibilização de um pacote de 500 mil dólares canadianos (cerca de 370,7 mil dólares americanos) para apoiar os esforços de reintegração dos antigos guerrilheiros da Renamo, o maior partido da oposição em Moçambique, bem como os esforços para a reconciliação nacional.
O anúncio foi feito pela Embaixadora do Canadá para a agenda Mulheres, Paz e Segurança, Jacqueline O’Neill, em Pemba, província nortenha de Cabo Delgado, no final da sua missão de três dias em Moçambique.
Um comunicado emitido por essa ocasião a que AIM teve acesso indica que, desde a assinatura do Acordo de Maputo para a Paz e Reconciliação Nacional em 2019, o governo, a Renamo e o povo de Moçambique tomaram medidas importantes para abrir um caminho para a paz e a segurança.
“O Canadá orgulha-se de ter apoiado o acordo de paz desde o seu início e aplaude o Secretariado do Processo de Paz e o Gabinete das Nações Unidas para os Serviços de Projectos pela sua dedicação em garantir que todas as partes interessadas pudessem cumprir os seus compromissos”, afirma.
Dirigindo-se a grupos da sociedade civil na passada segunda-feira em Maputo, a Embaixadora O’Neill elogiou o papel de Moçambique na agenda de Mulheres, Paz e Segurança a nível regional e global através do seu assento no Conselho de Segurança das Nações Unidas.
Na ocasião, afirmou que “a paz não é a assinatura de um acordo, mas sim o trabalho árduo que está a decorrer neste momento.”
“O Canadá vê, reconhece e é solidário com Moçambique”, sublinhou.
Explicou que se trata de uma contribuição financeira adicional em prol do processo de paz em apoio aos esforços de reintegração e reconciliação.
Com este montante, o Canadá eleva a sua contribuição total do para o processo de paz nacional em Moçambique para cinco milhões de dólares canadianos desde 2019.
“O Canadá continua empenhado em apoiar Moçambique nos seus esforços contínuos para construir comunidades prósperas, inclusivas e pacíficas, nomeadamente através da reconciliação”, destaca a nota.
(AIM)
Dt/sg