
Presidente da Assembleia da República, Esperança Bias. Foto arquivo
Maputo, 24 Jan (AIM) – A presidente da Assembleia da República (AR) apela aos munícipes a pautarem pelo civismo durante a cerimónia de tomada de posse dos 65 presidentes de municípios e membros dos respectivos conselhos municipais a ter lugar a 07 de Fevereiro próximo em Moçambique.
O acto solene é resultado das eleições autárquicas que tiveram lugar a 11 de Outubro de 2023, que a Frelimo, partido no poder, venceu em 60 municípios, e a Renamo, o maior partido da oposição, amealhou quatro, e o Movimento Democrático de Moçambique, o segundo da oposição, ficou apenas com um.
Falando hoje em Maputo, durante a cerimónia de encerramento da VII sessão extraordinária da AR, Esperança Bias apela também aos munícipes a transformar a cerimónia num momento de festa e exaltação da democracia.
“Exortamos aos munícipes das 65 Autarquias para que participem activamente nas cerimónias públicas relativas a este acto, observando o respeito pela ordem e tranquilidade públicas”, afirmou.
Bias exorta ainda aos munícipes a serem parte activa e colaborarem na gestão e na melhoria das condições das respectivas autarquias.
Os resultados das VI eleições municipais foram contestados, sobretudo pela Renamo, alegando ter vencido nas principais cidades capitais do país.
Na altura, os cabeças-de-lista da Renamo organizaram manifestações nas suas autarquias concorrentes, como forma de repudiar os resultados anunciados pelos órgãos de gestão eleitoral e, mais tarde, pelo Conselho Constitucional.
Num outro desenvolvimento, Bias repudiou veementemente a desinformação e actos de violência protagonizados por pessoas mal-intencionadas que acabam por prejudicar o combate à cólera em alguns distritos do país.
A desinformação e os actos de violência, segundo a presidente da AR, estão a inviabilizar as campanhas lancadas pelas autoridades que visam travar a propagação da cólera, bem como mitigar o seu impacto.
“Exortamos a população para seguir as medidas disseminadas pelas entidades competentes”, disse, frisando que, sendo a cólera uma doença de mãos sujas, “somos todos chamados a lavar frequentemente as mãos com sabão ou cinza e a usar latrinas”.
Apelou as autoridades para que continuem a providenciar mais água potável e a educar a população sobre o manuseio e o tratamento dos resíduos sólidos.
“Porque ainda estamos na época chuvosa, gostaríamos de reiterar o nosso apelo a população que vive nas zonas ribeirinhas para redobrarem as medidas de segurança e se fixarem em zonas mais seguras”, afirmou.
Desde a eclosão da cólera, em Outubro de 2023, as autoridades sanitárias registaram pelo menos 25 óbitos, e, com 12 mortes, a província de Nampula, norte, soma o maior número de óbitos.
(AIM)
AC/sg