Maputo, 09 Fev (AIM) – O Ministério Público (MP) acusa Babatunde Tajudeen Abioye, cidadão nigeriano, que actualmente está a cumprir uma pena de três anos de prisão numa penitenciária da Holanda, que é acusado de ter cometido vários crimes contra o Estado moçambicano, aquando da sua estadia ilegal no país.
Um comunicado de imprensa do Gabinete Central de Combate à Criminalidade Organizada e Transnacional (GCCCOT) enviado hoje à AIM refere que o MP acusa mais um estrangeiro e dois moçambicanos.
Além de tráfico de drogas ilícitas e substâncias psicotrópicas, Abioye, e outros arguidos são imputados a prática dos crimes de falsificação de documentos, uso de documentos falsos, associação criminosa, corrupção, abuso do cargo, e branqueamento de capitais.
Em Junho de 2023, as autoridades moçambicanas decidiram extraditar Abioye para Holanda, na sequência do mandado de captura internacional emitido em 2016, e revalidado em 2019, pela Organização Internacional de Polícia Criminal (INTERPOL), à pedido das autoridades judiciárias do Reino dos Países Baixos.
Para chegar ao país, Abioye evadiu-se da prisão, na Holanda, e instalou-se na capital moçambicana, Maputo, e continuou a comandar o tráfico de drogas dentro e fora do país.
Do dinheiro proveniente do tráfico, Abioye comprou bens imóveis, incluindo três residências e um complexo comercial na cidade de Maputo.
Os bens foram apreendidos e promovidos a favor do Estado.
As autoridades judiciárias moçambicanas já encetaram procedimentos com a Holanda para a responsabilização de Abioye.
“O Gabinete Central de Combate à Criminalidade Organizada e Transnacional, em coordenação com as demais instituições, continuará a dedicar-se com afinco, na prevenção e combate ao crime organizado e transnacional”, lê-se no comunicado.
O GCCCOT reitera o apelo sobre a necessidade do reforço dos mecanismos de controlo interno, visando prevenir e combater a corrupção no país.
(AIM)
AC /sg