Maputo, 13 Fev (AIM) – O governo moçambicano decretou luto nacional, de cinco dias, contados a partir das 00h00 do dia 21 de Fevereiro em curso até às 24h00 do dia 25 de Fevereiro, em homenagem ao Presidente da Namíbia, Hage Geingob, que morreu às 00h04 de domingo (04) num hospital de Windhoek, vítima de doença, aos 82 anos de idade.
O facto foi anunciado pela porta-voz da 3ª sessão ordinária do Conselho de Ministros, Ludovina Bernardo, evento que teve lugar terça-feira (13) em Maputo.
Ludovina Bernardo, que igualmente é vice-ministra da Indústria e Comércio, explicou que a decisão também surge em reconhecimento dos laços históricos, de irmandade, amizade e solidariedade existentes entre os povos, governos e os dois Estados.
Além do papel de Geingob na promoção e consolidação das excelentes relações de cooperação, e de dinamizador do espírito de unidade e integração regional no contexto da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral.
A decisão do governo de decretar luto nacional deve-se, de acordo com a porta-voz da sessão, a sua dimensão como um grande pan-africanista e um incansável lutador pela liberdade do continente africano.
Geingob foi o primeiro Primeiro-Ministro da Namíbia após a independência do apartheid África do Sul em 1990.
Ele foi nomeado novamente para ocupar o cargo de primeiro-ministro em 2012, até ser eleito presidente em 2015.
Geingob, que também foi presidente da Swapo, o partido no poder na Namíbia, venceu as eleições presidenciais de 2014, com 87 por cento dos votos.
Em 2019, Geingob foi reeleito, mas com uma maioria significativamente reduzida de 56 por cento.
Geingob juntou-se ao movimento de libertação da Namíbia, a Swapo, no início da década de 1960, tendo ocupado vários cargos de liderança no seio do partido até à sua morte.
Geingob cumpria o último ano da sua presidência e, chegou a declarar repetidamente que estava ansioso por passar à reforma.
(AIM)
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