Maputo, 16 Fev (AIM) – O Sindicato Nacional dos Trabalhadores de Aviação Civil, Correios e Comunicações (SINTAC) condena os trabalhadores, gestores de topo que delapidam e se apropriam de forma indevida do património das Linhas Aéreas de Moçambique (LAM).
Em uma carta dirigida a Fly Modern Ark (FMA), consultora sul-africana que está a restruturar a LAM, que a AIM teve acesso, o Comité da LAM do SINTAC encoraja a responsabilização exemplar dos sabotadores da companhia de bandeira nacional.
“O Comité de empresa também não apadrinhará estas acções que não dignificam os trabalhadores no geral, porém, enquanto estes não serem identificados, o Sindicato se demarca destas acusações”, lê-se na carta.
Na segunda-feira (12), a FMA convocou uma conferência de imprensa para denunciar os desvios de dinheiro, que envolvem trabalhadores de topo da LAM, e que só em Dezembro último, segundo a FMA, a direcção desviou cerca de 3,2 milhões de dólares dos cofres desta companhia aérea.
O Sindicato, que soube das matérias através dos órgãos de comunicação social, pede uma investigação exaustiva dos desvios para que sejam identificados e denunciados todas as pessoas envolvidas nas referidas operações.
Assim, o SINTAC demarca-se das acusações “pois é do seu entendimento de que, havendo provas materiais de um, ou grupo, de trabalhadores presumíveis sabotadores, estes devem ser identificados, investigados e responsabilizados”
O SINTAC apela aos trabalhadores a se dedicarem cada vez mais ao trabalho e pautarem pela serenidade, zelo, pontualidade e brio profissional.
O Sindicato apela ainda que os trabalhadores a pautarem “pelo respeito ao património e a luta continua para o crescimento e desenvolvimento da nossa companhia de bandeira”.
Além de confortar aos trabalhadores que têm sido chamados nomes não abonatórios na praça, pois a imagem destes ficou ridicularizada, o Sindicato manifesta a sua preocupação com as consequências das acusações da última segunda-feira sobre os trabalhadores.
Refira que, em carta enviada terça-feira (13) ao ministro dos Transportes e Comunicações, Mateus Magala, a direcção da LAM, representada pelo respectivo director-geral, João Carlos Pó Jorge, negou todas as acusações proferidas pela FMA.
(AIM)
Ac/sg