Maputo, 28 Fev (AIM) – Mais de nove mil famílias enfrentam crise alimentar no distrito de Chemba, na província central de Sofala, devido à perda de cerca de 25 mil hectares com culturas diversas, como consequência da escassez de chuvas, associada ao fenómeno El Ñino.
O director dos Serviços Distritais de Actividades Económicas (SDAE) de Chemba, Cândido Zeca, disse que a falta de alimentos é mais crítica no posto administrativo de Charamba e nas localidades de Catolé e Nicoe, onde é necessário apoio urgente.
Segundo a fonte, nessas zonas, muitas famílias estão a alimentar-se de frutos silvestres e outras são obrigadas a vender animais para a compra de alimentos.
No entanto, prevê-se que os afectados comecem a receber, nos próximos dias, assistência alimentar providenciada pelo Programa Mundial de Alimentação (PMA).
“Neste momento, o distrito se encontra numa situação de insegurança alimentar e cerca de mil famílias serão apoiadas ou terão subsídios de 2.500 meticais por mês (o equivalente a 39,14 dólares), disse Zeca à Rádio Moçambique, emissora nacional, explicando tratar-se do apoio do PMA.
Acrescentou que a perda dos 25 mil hectares afectou, directamente, 15 mil famílias camponesas.
O director do SDAE em Chemba referiu que o distrito é potencial em pecuária e pesca, daí que algumas famílias estão a comercializar animais domésticos, como o gado bovino, caprino, “e outras tem realizado a actividade de pesca de modo a conseguir um valor para comprar um produto alimentar.”
“Existem mais algumas famílias que estão a se alimentar de frutos silvestres, não só em Charamba, mas também na localidade de Catolé”, vincou.
(AIM)
Fernanda da Gama (AIM)/dt