
Ministra dos combatentes
Maputo, 04 Mar (AIM) – A ministra dos combatentes, Josefina Mpelo, desafia a mulher moçambicana a contribuir activamente no combate ao terrorismo na província nortenha de Cabo Delgado.
A ministra lancou o repto hoje, em Maputo, durante as celebrações do 57° aniversário da criação do “Destacamento Feminino”, sob lema “Investir na Mulher é Celebrar o Progresso”.
Josefina Mpelo entende igualmente que a mulher deve manter o espirito de solidariedade e coragem no quadro dos esforços para o desenvolvimento socioeconómico do país.
“Estas combatentes que estiveram durante os 10 anos da Luta de Libertação na linha da frente, hoje, são chamadas a contribuir também na luta contra o terrorismo”, disse a ministra.
Vincou que “de facto nós temos que render a nossa homenagem a estas mulheres pela coragem e a bravura que elas têm de nos deixar de lado, ou por outra de não penhorar aquilo que elas conquistaram com muito sacrifício em mãos alheias”.
Na ocasião, a ministra do Género, Criança e Acção Social, Nyeleti Mondlane destacou a importância de o país continuar a apostar na rapariga e na defesa dos seus direitos.
“Eu penso que Moçambique e os moçambicanos reconhecem o papel da mulher, mas o que nós devemos fazer é cada vez mais nos engajarmos no sentido de formar a nossa rapariga e ter a certeza que ela cresça saudável, com os seus direitos todos defendidos, e que ela consiga ser como estão a florescer essas mulheres que estão connosco”, afirmou.
Por seu turno a Frelimo, o partido no poder, salientou que o Destacamento Feminino notabilizou-se pelo seu papel no apoio às Forças Populares de Libertação de Moçambique e em acções sociais como, tratamento de crianças órfãs, educação e saúde.
Referiu ainda que o Destacamento Feminino lançou as bases para o reconhecimento da necessidade da emancipação da mulher moçambicana.
“Hoje, a mulher moçambicana constitui uma referência regional continental e mundial nas diversas vertentes do saber científico e investigativo, no empreendedorismo, na luta pela preservação dos direitos do género, no combate às injustiças e na criação da riqueza para o crescimento económico do País”, lê-se no documento.
A FRELIMO exorta as novas gerações para que mantenham vivos os ideais que nortearam a criação do Destacamento Feminino.
No dia 04 de Março de 1967 em Nachingwea, na Tanzânia, um grupo composto por 25 meninas fundou o destacamento feminino da Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO), com o objectivo de impulsionar a participação da mulher na luta armada.
(AIM)
FG/sg