Maputo, 11 Mar (AIM) – Pelo menos 525 mil pessoas poderão ser afectadas pela tempestade tropical severa baptizada de “FILIPO”, durante as próximas 72 horas, nas províncias de Inhambane, Gaza e Maputo, incluindo a cidade de Maputo, sul de Moçambique.
FILIPO poderá afectar também 856 escolas e 145 unidades sanitárias durante a sua passagem na região sul, e parte sul da província central de Sofala.
As previsões foram avançadas pelo porta-voz do Instituto Nacional de Gestão e Redução do Risco de Desastres (INGD), Paulo Tomás, em conferência de imprensa, minutos após o fim da segunda sessão do Conselho Técnico de Gestão e Redução do Risco de Desastres (CTGRD) que teve lugar hoje, na capital moçambicana.
No entanto, o fenómeno entrou no Canal de Moçambique na noite de domingo (10) em Maputo, Gaza, Inhambane e Sofala.
Há uma semana, segundo o meteorologista do Instituto Nacional de Meteorologia (INAM) Manuel Francisco, a tempestade havia perdido “quase todas as forças, mas voltou a intensificar.
O INAM, segundo Francisco, prevê a ocorrência de ventos fortes que poderão atingir 90 a 120 quilómetros por hora, o que poderá agitar o estado do mar, gerando ondas de até seis metros de altura e chuvas entre 100 à 200 milímetros em 24 horas, prevendo-se, por isso, inundações em algumas áreas.
Estimativas apontam que as chuvas poderão inundar ainda 120 mil hectares de terras potencialmente agrícolas da região sul, incluindo pontecas e vias de acesso.
Por isso, o CTGRD activou os Centros Operativos de Emergência (COE) provinciais e os Comités Locais de Gestão e Redução do Risco de Desastres.
Decidiu também pré-posicionar meios e equipas de busca e resgate nas província de Inhambane, Gaza, incluindo a província central de Sofala, bem como de kits de emergência para apoiar as comunidades vulneráveis.
O Conselho decidiu ainda em identificar e preparar locais seguros para acomodar, provisoriamente as pessoas, e as rotas de evacuação.
A época chuvosa e ciclónica que iniciou em Outubro de 2023 e termina em Abril próximo, já causou 115 mortes, e 55.494 afectados.
(AIM)
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