Maputo, 19 Mar (AIM) – O Provedor de Justiça, Isac Chande manifestou hoje (19) a sua preocupação com as cobranças ilícitas no Hospital Geral José Macamo (HGJM), uma prática que também afecta a maioria a maioria das unidades sanitárias existentes em Moçambique.
Chande manifestou a sua preocupação aos jornalistas que o acompanharam durante a visita ao HGJM, uma das maiores unidades sanitárias de Maputo.
Segundo o provedor, a directora do hospital, Ermelinda Chamba, está ciente deste mal, mas já está a trabalhar resolver o problema.
“Ouvi da directora que há um esforço enorme no sentido de minimizar as questões que têm a ver com as cobranças ilícitas e outras formas de corrupção aqui no hospital”, afirmou.
O provedor disse ter sido informado pela directora do HGJM que quando chegou a situação era muito mais grave. Hoje a vigilância melhorou, há cada vez menos reclamações dos utentes.
“É isso que viemos cá fazer, incentivar os colegas da saúde a dar o máximo de si para que ainda que as condições do edifício físico não sejam as melhores, ainda assim as pessoas possam encontrar o mínimo necessário”, acrescentou.
Chande encara com optimismo a prestação de serviços do hospital ao referir que já estão a seu criadas melhores condições para a aceitação dos doentes, razão pela qual aguarda com ânsia pela conclusão da reabilitação desta unidade sanitária.
“Sabemos que o Serviço Nacional de Saúde trabalha em condições muito desafiantes, mas é preciso que no dia-a-dia nos aproximemos dos colegas que no seu quotidiano dão conforto aos milhares de moçambicanos, prestando cuidado de saúde para que eles possam dar o máximo de si e que aos poucos reduzamos essas más práticas como as cobranças ilícitas”, referiu
Referiu que o HGJM foi construído há 102 anos, pelo que carece de uma reabilitação urgente. “A estrutura física do hospital não está em bom estado mas a notícia boa é que neste momento o hospital está a beneficiar de uma profunda reabilitação com fundos do Banco Mundial e há já zonas no hospital que estão a ser trabalhadas, a ideia é que todo o bloco do Hospital José Macamo beneficie dessa reabilitação”.
Admitiu que as condições do hospital não são as melhores e mais adequadas para o atendimento público, pelo que espera que com a entrega do hospital reabilitado tenha as condições de prestação de melhores serviços.
Já a directora do hospital manifestou a sua satisfação com a visita que, considera de suma importância para ajudar na resolução dos problemas que afligem aquela unidade sanitária.
“A visita é de significado muito importante para nós porque o provedor da justiça veio ver quais os problemas que temos e, de forma profunda, se inteirar dos avanços e preocupações da nossa unidade sanitária”, concluiu.
O HGJM é um hospital de referência na capital que atende pacientes da cidade e província de Maputo.
(AIM)
CC/sg