
Vacina contra a colera
Maputo, 24 Mar (AIM) – A cidade de Maputo registou mais de seis mil casos de doenças diarreicas, no período compreendido entre 01 de Janeiro a 10 de Março corrente, mas sem o registo de casos de cólera.
Os dados foram avançados sábado (23), em Maputo, pela vereadora do Pelouro de Saúde e Qualidade de Vida no Conselho Municipal de Maputo (CMM), Alice de Abreu, numa entrevista concedida à AIM, durante a qual falou sobre as actividades que estão a ser levadas a cabo no âmbito da vigilância de doenças de origem hídrica na urbe.
“Em relação às diarreias, importa dizer que nós estamos, neste momento, sem casos confirmados de cólera na cidade de Maputo”, disse.
Segundo a vereadora, desde o início do ano até a semana 10, a cidade de Maputo registou 6.543 casos de diarreias. Comparando com igual período de 2023, quando foram notificados mais de três mil casos, houve um aumento em nove por cento. No global, não há registo de mortes em consequência das diarreias.
Para estes casos, a maior parte está na faixa etária de cinco a 14 anos, seguida de mais de 15 anos de idade.
Para de Abreu, em termos de casos que foram registrados de 11 a 17, registaram um total de 21 casos, comparados com igual período de 2023, tiveram uma evolução de 6 por cento.
A vereadora revelou que, dos casos de diarreia que dão entrada na unidades sanitárias, a maioria provém dos distritos municipais Ka Mavota, Ka Nhlamankulo e Ka Mubukwana.
Da análise feita a nível dos distritos municipais, registamos Ka Mavota com maior número de casos de diarreias com 1.753, seguido do distrito de Ka Nhlamankulo, com 1.338, Ka Mubukwana, com 1.025 casos. Os outros distritos não têm casos alarmantes”, disse.
Referiu que a edilidade daquilo que é a monitoria que tem feito de casos suspeitos de cólera, até ao momento, foram colhidas sete amostras e todas elas foram negativas para o vibrião colérico analisado através do Instituto Nacional de Saúde (INS).
O maior caso de suspeitas foi no distrito de Ka Mavota e Ka Mubukwana e a vereação tem disponíveis testes rápidos para os casos suspeitos de cólera que é para fazer a testagem e a confirmação.
Num outro desenvolvimento a vereadora reportou terem dado entrada nas unidades sanitárias da urbe um total de 3.500 casos de malária, que representa uma evolução positiva de seis por cento se comparado com o período homólogo de 2023.
“Em relação aos casos de malária, eles estão na sua maior parte a ocorrer nos distritos de Ka Mavota, com 925 casos, Ka Mubukwana, com 492 e Ka Nhlamankulo 783, aos distritos que nós temos a maior parte dos casos notificados e o menor número de casos no distrito de Ka Nyaka”, relacionou.
A fonte salientou que, a nível dos distritos municipais da capital do país, equipes de técnicos de medicina preventiva têm estado a efectuar visitas às residências para verificar a existência ou não de lixo e águas paradas, com vista a evitar doenças de origem hídrica.
(AIM)
FG/sg