
Vereadora do Pelouro de Saúde e Qualidade de Vida, Alice de Abreu. Foto de Carlos Júnior
Maputo, 22 Jan (AIM) – A vereação do Pelouro de Saúde e Qualidade de Vida do Conselho Municipal da Cidade de Maputo (CMM) diz que ainda não há registo de casos de cólera na edilidade, daí o reforço das medidas de prevenção de doenças de origem hídrica durante a presente época chuvosa.
Anualmente, a cidade de Maputo elabora um Plano de Contingência que tem a duração de seis meses, tendo o seu início em Outubro de 2024 e término em Março de 2025, orçado em 43,3 milhões de meticais (cerca de 678 mil dólares) para realizar actividades antes, durante e depois da época chuvosa ou perante um evento extremo.
A informação foi avançada hoje (23), à AIM, pela vereadora do Pelouro de Saúde e Qualidade de Vida no CMM, Alice de Abreu, falando sobre as actividades em curso no âmbito da vigilância de doenças de origem hídrica na urbe.
“Neste momento estamos na segunda semana epidemiológica de 2025, e ela foi caracterizada por uma redução de casos de diarreia em 42 por cento, o correspondente a 477 casos em 2025, contra 824 notificados em 2024″, disse a fonte.
Acrescentou que, “isso mostra que o distrito de Ka Mavota, associado àquilo que nós já conhecemos, que tem a ver com as condições de saneamento do meio estão mais fragilizadas”.
Em relação àquilo que é o cumulativo de casos desde o início do ano até o momento, as autoridades de saúde da urbe têm um total de 936 casos de diarreia, que foram notificados desde o início do ano até o momento, “não temos registro de nenhum óbito e igualmente não temos registro de casos confirmados de cólera”.
Abreu disse que até ao momento, a monitoria que está a ser feita nas unidades sanitárias para a pesquisa de vibrião colérico apurou que existe um aumento no número de pacientes que dão entrada com diarreias. Mesmo assim, não há registo de casos graves que tenham resultado em óbito.
Ainda não foi identificado nenhum caso de cólera a nível da cidade de Maputo, mas, estão em alerta máximo porque já há casos reportados em outras províncias.
A fonte referiu que para a diarreia, dos 447 casos que foram notificados, 39 por cento foram em crianças de zero a quatro anos de idade, 21 por cento foram em crianças dos cinco a 14 anos e 40 por cento foram em indivíduos de mais de 15 anos.
Disse que a maioria dos casos são do distrito Municipal de Ka Mavota, mas também existem alguns casos de Ka Nlhamankulu.
“Em termos daquilo que nós consideramos taxa de incidência, é a percentagem de casos, para Ka Mavota nós temos 0,3 por cento e para Ka Nlhamankulu temos 0,5 por cento de taxa de incidência”, arrolou.
Segundo a vereadora, dos casos de diarreia que dão entrada na Unidade Sanitária, a maioria vem dos bairros Polana Caniço A e B, Maxaquene, Zimpeto e Costa de Sol.
Concernente aos termos de internamento da monitoria que estão a fazer, 348 casos são do Hospital Central de Maputo (HCM), a maior unidade hospitalar, 227 casos do Hospital Geral José Macamo (HGJM), 121 são do Hospital Geral de Mavalane (HGM) e cinco do Hospital Geral do Chamanculo (HGC), em termos daquilo que foram as entradas para atendimento.
O pelouro de Saúde e Qualidade de Vida do CMM recomenda ao munícipes para que cumpram as condições básicas de saneamento do meio, incluindo tratamento da água com desinfectante “Certeza”, ou ferver em função da condição de cada uma das famílias, entre outras.
(AIM)
FG/sg