
Vacina contra a cólera
Maputo, 16 Mai (AIM) – A cidade de Maputo, a capital moçambicana, registou 10.155 casos de doenças diarreicas, no período compreendido entre 01 de Janeiro último a 15 de Maio corrente, mas sem registo de casos de cólera.
Os dados foram avançados hoje, em Maputo, pela directora Municipal de Saúde no Conselho Municipal de Maputo (CMM), Emília Cumaquela, numa entrevista concedida á AIM, durante a qual falou sobre as actividades em curso no âmbito da vigilância de doenças de origem hídrica na urbe.
“Nas primeiras 18 semanas de 2024, o município de Maputo registou um total de 10.155 casos de diarreias, contra 10.486 de 2023, o que corresponde a uma redução na ordem de 3,2 por cento se compararmos com igual período de 2023”, disse Emília Cumaquela.
“Referir que até ao momento nós não temos registado casos de cólera, tivemos um total de 11 casos suspeitos em que foram colhidas amostras, mas todos os resultados foram negativos”, vincou.
Salientou ainda que a maior parte dos casos está na faixa etária dos zero aos 15 anos de idade.
A directora revelou que, dos casos de diarreias que dão entrada nas unidades sanitárias, apesar de se registar uma redução de casos a maioria provém dos distritos municipais Ka Mavota, Nlhamankulu e Ka Mpfumo.
“Da análise feita a nível dos distritos municipais, Ka Mavota continua a liderar com maior número de casos de diarreias com 2.515, seguido do distrito de Nlhamankulu com 1.207 e depois Ka Mpfumo com 1.803 casos. Estes foram os distritos com maior número de casos reportados até ao momento”, disse.
Acrescentou que “os bairros que temos a maior ocorrência de casos de diarreia são os bairros de Polana Caniço “A”, Maxaquene, Micadjuine, Bagamoio, Magoanine “C”, Laulane e Hulene”.
As autoridades sanitárias também estão a monitorar os centros de acomodação onde as pessoas que padecem de diarreias recebem o tratamento.
Como medida de prevenção as autoridades tem realizados palestras sobre a sensibilização e reforço da higiene pessoal e colectiva a nível dos bairros sobre três aspectos fundamentais.
“É a questão da água de consumo, sobre a forma que devemos tratar e conservar; a questão da verificação dos sanitários para que eles quer sejam convencionais ou latrinas possam a ter tampas ou possam estar devidamente organizados para evitar que os vectores como moscas, ratos e baratas possam entrar lá e causar doenças às pessoas; e também a questão do lixo, a questão das limpezas dentro das nossas casas também a nível dos bairros”, explicou.
A fonte disse estarem em curso jornadas de limpeza para diminuir a concentração de resíduos sólidos também associado a limpeza e a manutenção nas pequenas valas que passam pelos bairros, para que esta água possa circular.
(AIM)
FG/sg