
Maputo, 25 Abr (AIM) – O Ministro dos Transportes e Comunicações, Mateus Magala, desafia a empresa pública Caminhos de Ferro de Moçambique (CFM) a aumentar a carga transportada no seu sistema ferroviário, acima de 60 por cento do total da carga dos minérios que são actualmente transportados através do porto de Maputo.
Magala lançou o repto hoje, em Maputo, durante abertura do XXVII Conselho de Directores, um evento de dois dias em curso em Maputo, sob o lema, “Por um capital humano qualificado e comprometido com o crescimento e modernização dos CFM”.
“É nossa ambição que o volume da carga transportada no nosso sistema ferroviário seja acima de 60% do total da carga dos minérios que são transportados através do porto de Maputo. Daí que desafiamos os CFM a alcançar esta meta nos próximos três anos”, disse.
Afirmou estar ciente dos elevados investimentos exigidos pelo sector ferro-portuário, por isso orienta para a busca de parcerias estratégicas público e privada, capazes de aumentar valor e elevar os seus rendimentos, a médio e longo prazo a fim de proporcionar oportunidades de crescimento e desenvolvimento económico e social.
“Desafiamos os gestores a implementar, com celeridade, as acções planificadas para assegurar o contínuo crescimento dos indicadores aqui anunciadas”, frisou.
Este é um dos maiores problemas que as autoridades moçambicanas enfrentam devido ao congestionamento de tráfego rodoviário causado por centenas de camiões que, diariamente, atravessam a fronteira de Ressano Garcia, tendo como destino final o porto de Maputo, na capital moçambicana.
Magala desafia ainda os CFM a incluir as operações de transporte marítimo de passageiros, nas principais travessias, outrora operadas pela extinta Transmarítima S.A.
“Tomamos esta decisão na convicção de que os CFM vão estabilizar as operações que já clamavam por uma intervenção estruturada, ao mesmo tempo que esperamos, da empresa, uma proposta concreta sobre como promover uma mobilidade da nossa população, com segurança e dignidade, nas principais travessias do país”, anotou.
Destacou as operações de e para a Ilha de Inhaca, na cidade de Maputo, Quelimane- Recamba, na província central da Zambézia e no Lago Niassa. Recomendou para que o processo abranja mais locais, sobretudo onde as necessidades se mostram extremas, tais como a província de Cabo Delgado dada a conjuntura que enfrenta.
Sublinha que a segurança nos transportes ferroviários, marítimos, rodoviários e aéreos constituem prioridades do sector.
Magala também abordou o problema dos eventos extremos que estão a ocorrer uma maior frequência e maior intensidade. Por isso, desafiou aos quadros presentes naquela reunião “a reflectirem sobre como a empresa pode reforçar a resiliência das suas infra-estruturas actuais e futuras às mudanças climáticas”.
(AIM)
CC/sg