Maputo, 25 Abr (AIM) – O Reino Unido compromete-se a desembolsar 7,4 milhões de libras para melhorar o acesso aos medicamentos e testes contra a malária nos países mais afectados, particularmente na África Subsariana, incluindo Moçambique.
O apoio será canalizado à MedAccess, uma organização sem fins lucrativos, para negociar preços mais baixos para medicamentos vitais contra a malária e testes de diagnóstico para pessoas em países afectados pela doença.
A informação foi revelada hoje à AIM pelo Alto Comissariado britânico em Maputo.
Já o Ministro Britânico Adjunto dos Negócios Estrangeiros e Ministro do Desenvolvimento e de África, Andrew Mitchell, disse “Temos de nos certificar de que estamos a disponibilizar medicamentos ao melhor preço possível para os países que mais precisam deles”, disse”.
Referiu que “s mortes causadas pela malária são totalmente evitáveis e o apoio do Reino Unido ao MedAccess garantirá que os países possam oferecer às pessoas a melhor protecção contra a doença.
Segundo a fonte, a Serra Leoa, a Libéria e o Benim em África, vão iniciar a distribuição da vacina contra malária RTS,S desenvolvida pelo Reino Unido e pela Índia.
A colaboração entre cientistas das duas últimas nações resultou no desenvolvimento das vacinas contra a malária RTS,S e a R21, que foram utilizadas no Gana, Quénia e Malawi, tendo sido vacinadas dois milhões de crianças desde 2019.
Refira-se que mais de seis milhões de crianças, em vários países, sobretudo Moçambique, poderão ser vacinadas contra a malária até ao final de 2025 através da Aliança Mundial para a Vacinação e Imunização (GAVI), que é financiada pelo Reino Unido.
Moçambique aplicou com sucesso a GAVI para a introdução da vacina contra a malária RTS em distritos específicos no ano passado, o processo incluiu 22 distritos da Zambézia e 11 distritos de Nampula.
A informação foi revelada aquando do Dia Mundial da Malária da Organização Mundial de Saúde, que tem por objectivo manter a doença no topo da agenda política, mobilizar recursos adicionais e capacitar as comunidades.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) a malária é terceira maior causa de morte entre menores de cinco anos, a maioria em África. Nove em cada 10 casos ocorrem na África.
A malária pode ser facilmente prevenível através da pulverização intradomiciliaria e o uso de redes mosquiteiras impregnadas com pesticidas. Outras medidas incluem a eliminação de charcos e lixo nas zonas residenciais
(AIM)
CC/ sg