
III Sessão Extraordinária do Comité Central, reunido na cidade da Matola, província de Maputo
Maputo, 15 Fev (AIM) – Membros do Comité Central da Frelimo, partido no poder em Moçambique, acreditam que a eleição do Daniel Chapo, 48 anos de idade e de Chakil Aboobacar, 46 anos, representa uma viragem geracional no seio desta formação política fundada em 1962.
A eleição de Chapo para a presidência da Frelimo e de Aboobacar para Secretário-geral teve lugar na sexta-feira (14) durante a III Sessão Extraordinária do Comité Central, reunido na cidade da Matola, província de Maputo.
Aliás, é sentimento comum que a eleição dos jovens para a liderança da Frelimo significa que o partido fez uma leitura certa do cenário político actual e, por isso, decidiu rejuvenescer a estrutura do topo para adequa-la aos desafios actuais.
Para Samora Machel Júnior, filho do segundo presidente da Frelimo, Presidente Samora Machel, o partido já havia dado essa indicação de viragem com a eleição do Chapo como candidato presidencial e uma vez mais, chancelou-o como dirigente máximo daquela formação político, que será coadjuvado por outro jovem como executivo, no caso vertente Chakil Aboobacar, para o cargo de secretário-geral.
“Estamos a dar indicação clara que a juventude pode dirigir a Frelimo e também assumir os destinos do país”, disse a fonte.
Para Feliz Silva, chefe da bancada parlamentar da Frelimo o partido tem sempre a capacidade de se transformar a cada momento para responder aos desafios de cada contexto, e desta vez a dinâmica não fugiu à regra e o partido deu sinal inequívoco de que não está apático da situação que ocorre no país e elegeu dirigentes que compreendem melhor os anseios e desejos da juventude, que é a esmagadora maioria da população moçambicana.
“O presidente Chapo é jovem, era preciso encontrar um secretário-geral que pudesse o acompanhar de forma mais concreta do ponto de vista de geração”, disse o chefe da bancada da Frelimo no parlamento.
Os dois novos timoneiros do partido, chegam aos cargos numa altura em que o partido atravessa a fase mais complexa da sua existência, com perseguição de seus membros, vandalização de sedes a nível dos distritos, devido a intolerância política que se desencadeou nas últimas eleições gerais realizadas em Outubro do ano passado.
(AIM)
PC/sg