
Maputo, 06 Mai (AIM) – Cerca de 40 por cento da população moçambicana, ou seja mais de 13 milhões de pessoas, sofrem de hipertensão arterial, revelou hoje o Ministro da saúde, Armindo Tiago.
Tiago anunciou o facto na manhã desta segunda-feira em Maputo, durante o lançamento do projecto “Prevenção e Controlo das Doenças Não Transmissíveis”.
“A prevalência da hipertensão em Moçambique está entre as mais elevadas nos países em desenvolvimento, estimando-se em cerca de 40 por cento, variando com a faixa etária”, disse o governante.
Disse igualmente que dados de estudos realizados em 2015 indicam que a prevalência da diabetes mellitus no país é superior a sete por cento.
“Entre os indivíduos dos 15 e 49 anos, o cancro já representa a terceira causa de morte, oito por cento das mortes, segundo os dados do COMSA (Sistema de Vigilância de Eventos Vitais e Causas de Morte”, avançou Tiago.
O ministro, justificou o elevado peso das doenças não transmissíveis no país como sendo resultado de uma maior exposição a diversos factores de risco tais como o consumo excessivo de álcool, tabaco, sedentarismo, consumo excessivo de alimentos gordurosos, salgados e açucarados.
“Apesar de altas prevalências, as doenças não transmissíveis são preveníveis, particularmente através da redução da exposição aos factores de risco. Portanto, com a colaboração e o engajamento de todos, particularmente do indivíduo, poderemos alcançar ganhos consideráveis na redução da prevalência destas doenças”, esclareceu.
Actualmente, segundo o ministro, Moçambique passa por uma transição epidemiológica caracterizada por manutenção do peso elevado das doenças transmissíveis e um aumento considerável da prevalência de doenças não transmissíveis como, as doenças cardiovasculares, diabetes mellitus, cancro, doenças respiratórias crónicas e o trauma.
(AIM)
CC/sg