
Ministra dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Verónica Macamo, recebe em audiência Missão Exploratória da União Europeia
Maputo, 16 Mai (AIM) – O governo moçambicano pede a União Europeia (UE) material letal para tornar mais eficaz a luta contra o terrorismo e extremismo violento que, desde Outubro de 2017, afecta a província de Cabo Delgado, na região norte.
O pedido foi expresso hoje (16) pela ministra moçambicana dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Verónica Macamo, durante a audiência que concedeu à Missão Exploratória da União Europeia, que se encontra em Moçambique para fazer uma avaliação Pré-Eleitoral, com vista a apurar as condições existentes para o escrutínio de 9 de Outubro próximo.
Na ocasião, Verónica Macamo, aproveitou a oportunidade, para reiterar a necessidade do país receber apoio de equipamento letal da União Europeia (UE) para combater o terrorismo.
Em resposta, o chefe da missão UE explicou que “este assunto está fora do nosso âmbito. O nosso âmbito é eleitoral, portanto, no quadro das relações da União Europeia e Moçambique, tem pessoal que responde pelas questões de segurança”.
Importa referir que Moçambique tem recebido apoio da UE no combate ao terrorismo, através de treino militar e provisão de equipamento não letal.
Em retrospectiva, o ministro da Defesa Nacional, Cristóvão Chume, reforçou em Fevereiro último, a necessidade do país receber apoio de equipamento letal da UE.
Ainda na manhã desta quinta-feira, a ministra recebeu em audiência, o enviado especial do Secretário-Geral das Nações Unidas para a Segurança Rodoviária, Jean Todt, tendo explicado que a educação é um dos pontos principais, bem como, a inspecção técnica dos veículos, o policiamento, de modo a prevenir acidente.
Comparativamente a outros continentes, Jean Todt, apontou a África como sendo o que regista um maior número de acidentes rodoviários.
“Em Moçambique, temos uma média de 25 mortes por 1000.000 pessoas, comparativamente a seis de 100.000 pessoas envolvidas em acidentes de viação na Europa.
“Ainda que tenhamos boas estradas, se não tivermos bom policiamento e sinalização, isso poderá, drasticamente, piorar a situação”, advertiu.
Anunciou que as Nações Unidas vai estabelecer um fundo para a segurança rodoviária, com a participação dos estados-membros e parceiros.
Por último, apelou ao envolvimento de toda a sociedade, governo e o sector privado na prevenção de acidentes rodoviários.
“Para além da audiência com a ministra, tive encontros com vários dirigentes do governo, das Nações Unidas e do sector privado para que juntos possamos elaborar planos e formas de acção nesse contexto”, concluiu.
Macamo também recebeu o Embaixador Eusèbe Agbangla, Enviado Especial do Ministro dos Negócios Estrangeiros do Benin, Olushegun Adjadi, para apurar a possibilidade de isenção de vistos entre Moçambique e Benim.
“A ministra acolheu pedido e, como passo seguinte, serão feitas diligências entre as duas partes de modo a apurar a possibilidade de um acordo nesse sentido”, disse o enviado.
Segundo Agbangla, a isenção de vistos facilitará os investimentos e promoverá as relações entre os cidadãos de ambos países.
“Se os países africanos apostarem na isenção de vistos, facilitará a criação de empresas e identificação de oportunidades para a criação de condições de emprego nos nossos próprios países”, frisou.
(AIM)
NL/sg