
Maputo, 21 Mai (AIM) – A Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) condena veementemente a tentativa de golpe de Estado ocorrida no domingo (19) em Kinshasa depois que o exército daquele país evitou que um grupo de homens uniformizados e armados invadisse as residências do Presidente Felix Tshisekedi e de altos funcionários do governo.
“Ao condenar este acto de violência, a SADC deseja estender o seu apreço ao exército da RDC por ter detido os perpetradores e impedido qualquer escalada que poderia ter ocorrido em consequência deste infeliz incidente”, lê-se no comunicado.
Na ocasião, a SADC exortou os Estados membros a aderir ao protocolo sobre a Cooperação nas áreas de Politica, Defesa e Segurança do órgão que tem por objectivo promover a paz e segurança na região, proteger a população da região da instabilidade causada pela violação da lei e da ordem, desenvolver uma politica externa comum em toda região, e aprofundar a cooperação em matérias relacionadas com defesa e segurança .
Refira-se que o governo congolês disse que o ataque visa desestabilizar as instituições do país e mencionou Christian Malanga fundador do Partido Congolês Unido, morto pelas forças congolesas durante a rebelião como o mentor deste acto.
Segundo fontes governamentais, parte dos indivíduos envolvidos na tentativa do golpe de Estado naquele país são sócios da empresa mineira Bantu Mining Company, registada em Moçambique e com sede na Matola, capital da província de Maputo.
Trata-se de dois cidadãos americanos que residiam na cidade de Maputo e um congolês que vivia nos EUA. O primeiro foi identificado como Cole Patrick Ducey, solteiro, natural de Califórnia, nos Estados Unidos da América, portador de Passaporte n.º 584250165, emitido a 26 de Setembro de 2018, e que residia no bairro do Alto-Maé, na cidade de Maputo.
O segundo, por sua vez, chama-se Benjamin Reuben Zalman Polun, solteiro, natural de Maryland, Estados Unidos da América, de nacionalidade americana, portador de passaporte n.º 720156243, emitido a 21 de Março de 2022, residente na cidade de Maputo, também no bairro do Alto-Maé.
(AIM)
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