
Presidente da Republica participa na Cimeira Extraordinaria da SADC, em Harare
Maputo, 01 Fev (AIM) – Moçambique apoia uma solução pacífica para o conflito no leste da República Democrática do Congo (RDC) que envolve o movimento rebelde M23 e o vizinho Ruanda.
A posição de Moçambique foi expressa pelo Presidente da República, Daniel Chapo, num contacto estabelecido com a imprensa em Harare, capital zimbabweana, que acolheu a Cimeira Extraordinária de Chefes de Estado e de Governo da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC).
O evento tinha como objectivo de deliberar sobre a situação de segurança prevalecente na República Democrática do Congo (RDC).
“Moçambique é um país pela paz e achamos que esta linha que foi criada, e que está a ser liderada por Angola, é uma linha que nós apoiamos através da União Africana, por exemplo, João Lourenço que é a pessoa que está a liderar o processo”, disse Chapo.
“Nós, como Moçambique, achamos que era importante apoiar por forma que realmente haja paz naquela região. Este que é o nosso posicionamento.
Aliás, oposicionamento está em linha com o facto de Angola ser o mediador do conflito através da União Africana (UA).
“O Presidente (angolano) João Lourenço está a trabalhar. Nós, como Moçambique, o nosso posicionamento é de continuar a defender esses esforços. para que haja paz naquela região”, disse Chapo.
Por isso continuamos a apoiar estes esforços para que realmente a paz seja uma realidade naquela região.
Questionado se a cimeira teria abordado a tensão pós-eleitoral em Moçambique, Chapo respondeu negativamente. “Não, não foi tocado. O Presidente, foi felicitado pela eleição”.
Chapo disse ter sido gratificante perceber que todos os países da região da SADC reconhecem os resultados de eleitoral em Moçambique. Reconhecem todo o processo que aconteceu desde a divulgação dos resultados pela Comissão Nacional de Eleições, a validação pelo Conselho Constitucional.
Chapo destacou o facto de a participação de muitos países ter sido a nível ministerial, e outros ao mais alto nível citando como exemplo o Chefe de Estado sul-africano Cyril Ramaphosa.
O comunicado final refere que a Cimeira notou com preocupação os recentes ataques perpetrados pelo grupo armado M23 e as Forças de Defesa do Ruanda (RDF) contra as forças governamentais da RDC, a Missão da SADC na República Democrática do Congo (SAMIDRC) e a população civil em várias zonas do Kivu do Norte.
Entre as várias deliberações, a Cimeira apelou ao envio imediato dos Ministros da Defesa, dos Chefes de Estado-Maior e dos Países Contribuintes com Tropas para a RDC, a fim de garantir a segurança das tropas da SAMIDRC e facilitar o repatriamento imediato dos soldados mortos e feridos.
Apelou à realização imediata de uma Cimeira conjunta da SADC e da Comunidade da África Oriental (CAO) para deliberar sobre o caminho a seguir relativamente à situação de segurança prevalecente na RDC, tal como proposto pela 24.ª Cimeira Extraordinária dos Chefes de Estado da CAO, realizada no dia 29 de Janeiro de 2025.
A Cimeira foi dirigida pelo presidente zimbabweano Emmerson Mnangagwa, Zimbabwe, na sua qualidade de Presidente da SADC.
A Cimeira também contou com a participação dos seguintes Chefes de Estado e de Botswana (Duma Boko), RDC (Félix Tshisekedi), Madagáscar (Andry Rajoelina), África do Sul (Cyril Ramaphosa), Tanzânia (Samia Hassan), Zâmbia (Hakainde Hichilema), Lesoto: Primeiro-Ministro, Samuel Matekane) Eswatini (Vice-Primeiro-MinistroThulisile Dladla).
Outros países fizeram-se representar a nível ministerial.
(AIM)
sg