
Primeiro-ministro moçambicano, Adriano Maleiane, na abertura da IV Sessão do Conselho Nacional de Coordenação em Pemba, Cabo Delgado
Boane (Moçambique) – O Primeiro ministro mocambicano, Adriano Maleiane, condenou esta quarta-feira (22), a tentativa de golpe de Estado ocorrida neste domingo na República Democrática do Congo (RDC).
Maleiane apresentou este posicionamento, nesta terça- feira, em Mulotane, distrito de Boane, província de Maputo, à margem do III conselho coordenador do Gabinete de Informação (Gabinfo).
“Naturalmente, nós condenamos toda a tentativa de golpe de Estado, o governo não pode reagir de outro modo a não ser condenar esse acto”, afirmou.
Disse que não pode tecer muitos comentários em relação ao assunto, uma vez que é uma questão ligada à RDC.
“É um assunto que está a ocorrer na República Democrática do Congo, não temos nada a ver com esse assunto. Por isso é que não sabemos como comentar. Este é um tópico de âmbito particular, não é um problema do Estado (moçambicano)”, apontou.
“Agora, o resto realmente seria procurar esclarecer um assunto que nós nem temos, porque é um assunto que está a ocorrer na República Democrática do Congo. Não temos nada a ver com esse assunto. Eu penso que tem que ser entendido nesta perspectiva, o que aconteceu é assunto da República Democrática do Congo, e nós (apenas) temos que lamentar o que aconteceu”, acrescentou.
Sobre as figuras em causa terem investimentos em Moçambique, o governante disse que “o país tem muitos investidores, e muitos investimentos, mas nós não andamos a acompanhar a vida particular do investidor”.
Segundo Maleiane, ao investidor cabe estar registado e seguir as normas comerciais de Moçambique, “o que faz no país de origem dos capitais, isso não é assunto nosso”.
O exército da RDC afirmou que frustrou um golpe de estado na manhã de domingo (19) e prendeu os perpetradores, incluindo vários estrangeiros, após um tiroteio entre homens armados em uniforme militar e os guardas de um político importante que deixou três pessoas mortas na capital, Kinshasa.
(AIM)
CC/dt