
Boane (Moçambique) – O Primeiro-ministro mocambicano, Adriano Maleiane, desafia o Gabinete de Informação (Gabinfo) a trazer propostas de acções que vão robustecer o funcionamento das instituições de comunicação social públicas e participadas pelo Estado.
Segundo Maleiane, estes órgãos devem estar aptos a responder aos desafios da actualidade.
O Primeiro-Ministro lançou o repto, esta terça- feira (22), em Mulotane, distrito de Boane, na Província de Maputo, na abertura do III Conselho Coordenador do Gabinfo, que decorre sob o lema: “Por uma comunicação social inclusiva e responsável rumo às Eleições Gerais de 2024”.
“Auguramos que deste Conselho Coordenador saiam propostas de funcionamento das instituições de comunicação social públicas e participadas pelo Estado, tornando-as aptas a responder aos desafios da actualidade”, disse.
Maleiane disse, também, querer ver dos órgãos públicos de informação a melhor cobertura dos pleitos eleitorais, numa altura em que o país se aproxima das VII Eleições Gerais-Presidenciais e Legislativas e as IV dos Membros das Assembleias Provinciais de 09 de Outubro próximo.
“Os diferentes participantes deste evento são desafiados a reflectirem e definirem acções que concorram para elevar ainda mais a eficiência da cobertura dos pleitos eleitorais no nosso país”, apontou.
Exigiu ainda dos Órgãos de Comunicação que reforcem os mecanismos de difusão de mensagens de educação cívica junto do potencial eleitorado em todo país.
“Os órgãos de comunicação social devem continuar a pautar por fornecer ao público informação em tempo útil, observando todos os valores éticos, deontológicos e profissionais do jornalismo”, sublinhou.
Assegurou que “o governo compromete-se a continuar a envidar esforços para apoiar o fortalecimento do sector da comunicação social público e participado pelo Estado”.
Na ocasião, a directora do Gabinfo, Emília Moiane, assumiu os desafios e disse que vai trabalhar de modo a fazer frente.
“Lançados os desafios pelo Primeiro Ministro, agora, junto do Conselho Coordenador, devemos materializar estas recomendações. O que nós pretendemos é que a nossa participação (nas eleições) seja uma participação isenta, profissional, abrangente, para que todos os atores da comunicação social sintam que o setor público fez o seu trabalho”, defendeu.
Disse, “agora e como sempre” quer que os partidos políticos e outros concorrentes tenham espaço nos órgãos públicos, e que haja pluralidade de concorrentes. “Queremos que todos se sintam confortáveis com aquilo que vai ser a prestação dos órgãos públicos e estatais da comunicação social”.
Para o processo eleitoral deste ano, a directora do Gabinfo assegurou que mais de 500 profissionais de órgãos públicos estarão espalhados pelo país para a cobertura de todo o processo.
(AIM)
CC/dt