
Maputo, 31 Mai (AIM) – O Programa Mundial para a Alimentação (PMA) está com capacidade reduzida para prestar assistência às vítimas de terrorismo em Cabo Delgado, norte de Moçambique, devido a crise financeira global.
O facto foi revelado hoje, à Rádio Moçambique, emissora pública, pelo director Nacional Adjunto do PMA em Moçambique, Maurício Burdet, que falava sobre a situação de assistência às vítimas de terrorismo naquela região.
Segundo Burdet, a situação deriva do aumento de casos de catástrofes naturais e conflitos armados em vários quadrantes do mundo.
Por outro lado, sublinhou que a assistência às vítimas do terrorismo continua condicionada em alguns distritos daquela província, devido a questões de insegurança.
“Existem questões de insegurança ainda em alguns distritos que nos preocupam e procuramos sempre levar assistência alimentar para aquelas comunidades mais vulneráveis”, disse Burdet.
Acrescentou que, “Estamos num momento de dificuldade financeira, os recursos são limitados, devido a difusão de muitas outras catástrofes mundiais ou guerras mundiais”.
Mesmo assim, de acordo com a fonte, o PMA Moçambique continua a sensibilizar os seus parceiros para manterem a sua atenção sobre as vítimas do terrorismo em Cabo Delgado, sobretudo as camadas vulneráveis que passam por necessidades extremas.
“Então, o PMA tem trabalhado em conjunto com os seus parceiros também para poder manter a atenção em Cabo Delgado, porque é preciso continuar a assistir por mais um tempo. Esse é um trabalho conjunto entre o governo e PMA com outros parceiros das Nações Unidas para minimizar o sofrimento”, afirmou.
Burdet referiu que a mensagem que procura levar sempre é a de que precisam da paz, “precisamos voltar à paz e levar a mensagem de paz não só aqui em Moçambique, em Cabo Delgado, mas para outras partes do mundo, porque o aumento do conflito gera muito sofrimento, muitas necessidades que hoje afectam milhões de pessoas no mundo”.
(AIM)
Fernanda da Gama (FG)/dt