Maputo, 07 Jun (AIM) – Pelo menos 12 mil crianças foram resgatadas durante a primeira e segunda fases do Programa Global de Eliminação de Uniões Prematuras, foram integradas em várias unidades de ensino do país.
A informação foi partilhada, quinta-feira, em Maputo, pela directora nacional da Criança, no Ministério de Género e Acção Social (MGCAS), Angélica Magaia, durante um encontro destinado a anunciar os resultados alcançados nas duas fases do PGECM.
Segundo a fonte, para além das menores resgatadas, cinco mil adolescentes participaram em actividades de habilidades no período de 2016 à 2023.
No período em alusão, 90 mil rapazes foram atendidos através da linha fala criança e receberam orientações para assistência e acesso aos serviços e denúncias.
“Mais de 70 mil rapazes e homens participaram em diálogos sobre vida masculina positiva e normas de gênero”, disse Magaia.
A implementação da primeira e segunda fase do PGECM contribuiu para a digitalização do registo de nascimento, operacionalização da interrupção dos sistemas entre registo civil e os serviços de saúde.
Um universo de 350 mil pessoas participaram em diálogos comunitários, sete milhões de pessoas foram alcançadas por várias campanhas que o programa financiou.
Por outro lado, mais de 2.500 líderes religiosos e comunitários participaram nos diálogos comunitários.
“Estas fases contribuíram ainda para o desenvolvimento de estratégia nacional de registo civil e estatísticas vitais 2019/2029”.
O PGECM está actualmente a apoiar na elaboração do plano nacional de acção para criança, 2024/ 2033, que se encontra numa fase final para aprovação.
Magaia disse ser importante que dentro dos avanços e recuos manter a atenção nas alternativas que são oferecidas às vítimas de Uniões Prematuras.
A primeira e segunda fases incidiu mais nas províncias de Nampula e Zambézia.
A terceira fase, 2024/2030 irá abranger a província de Cabo Delgado, devido ao impacto dos ataques terroristas e ocorrência de actos que põem em causa os direitos fundamentais.
“Sabemos que a nível global há múltiplas crises criadas pelas mudanças climáticas e conflitos armados. A terceira tem ainda a missão de influenciar a aceleração da meta de eliminar as Uniões Prematuras”, disse.
Na actual fase (terceira) serão efectuadas intervenções no sentido de garantir a redução de níveis de Uniões Prematuras até 0% em 2030
(AIM )
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